Este artigo foi desenvolvido durante atividades do subprojeto do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID/CAPES: Estratégias de ensino/aprendizagem para inclusão educacional de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Nesta perspectiva, faz-se necessário o debate sobre formação dos Agentes de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Especial (AADEEs), bem como dos estagiários do Ensino Médio que acompanham estudantes com TEA em duas escolas da Rede Municipal de Ensino do Recife. Apesar dos avanços da educação inclusiva no Brasil, alunos com autismo ainda enfrentam inúmeras barreiras que dificultam seu processo de ensino/aprendizagem, destacamos a falta de apoio adequado para seu desenvolvimento escolar. A pesquisa é de cunho qualitativo, os instrumentos de coleta de dados utilizados basearam-se em entrevistas semiestruturadas. Foram sujeitos da pesquisa 05 (cinco) estagiários de apoio a alunos com TEA e 03 (três) AADEEs de duas escolas Municipais de Recife. Assim, a fundamentação teórica que nos direcionou na referida investigação partiram de estudos de autores como Sassaki (2009); Cunha (2012); e das contribuições legais, como a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), 13.146/2015; e Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), 9.394/1996. Os resultados apontam à precarização da educação inclusiva no Município ao manter contratação de estagiários estudantes de nível médio, desvio de função, pouca ou nenhuma formação inicial e continuada e a falta de compreensão do seu papel dentro da prática pedagógica e da sua participação dentro processo inclusivo escolar. Dessa forma, espera-se que essa pesquisa contribua para melhor compreensão do papel dos AADEEs e estagiários com formação de Ensino Médio no apoio a alunos com TEA, demonstrando, portanto, que o sistema educacional brasileiro necessita de legislações que detalham a atuação desses profissionais, bem como a capacitação continuada para profissionais que atuam dentro das instituições escolares.