Esse trabalho pretende mostrar como o conceito de criança e infância se desenvolve dentro do contexto do movimento social MST, que é um movimento social autônomo, que procura organizar e ligar trabalhadores rurais com a sociedade. O movimento é também responsável pela ideia de um projeto de educação pública não-formal nos assentamentos e acampamentos. A infância é um período da vida humana que se estende desde o nascimento até a adolescência, variando de acordo com a cultura e o contexto social onde a criança vive, é um momento de desenvolvimento físico, psicológico e social, no qual as crianças experimentam e descobrem o mundo ao seu redor. Já nos dias atuais, dependendo do contexto socioeconômico, nas famílias mais abastadas, as crianças desempenham atividades educativas e recreativas diárias (aulas de ballet, idiomas, esportes, etc.). No Brasil, existe uma grande diversidade de infâncias, que são influenciadas por diversos fatores, como classe social, raça, religião, cultura, região geográfica, entre outros. Dessa forma, o MST defende que a infância precisa ser repensada e reconceituada a luz da realidade dos trabalhadores rurais, valorizando as crianças como sujeitos de direitos e como protagonistas de suas próprias histórias. Além disso, o movimento enfatiza a importância da educação no processo de formação das crianças, sobretudo num contexto de luta pela reforma agrária, em que a escola é vista como ferramenta de conscientização e organização política para as famílias do campo.