As práticas do ensino de língua portuguesa continuam a fomentar discussões relativas à formação de cidadãos críticos e reflexivos, capazes de desfrutar, a partir da língua(gem), da dinâmica social. Nesse sentido, mediante a articulação entre arte e língua portuguesa, o presente artigo pretende analisar e discutir as contribuições da música nordestina e da paródia para o ensino e aprendizagem, com base nas experiências vivenciadas no projeto Base Artística e Reflexiva - B.A.R., apoiado pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID, em consonância com os alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Assis Chateaubriand, localizada em Campina Grande, Paraíba. Para tanto, no intuito de ressaltar o trabalho com a música e com a paródia como recursos didáticos que transcendem a comunicação e privilegiam a interiorização da língua(gem) a partir da fruição, recorremos às contribuições das Orientações Curriculares para o Ensino Médio (2006), aos Referenciais Curriculares para o Ensino Médio da Paraíba (2006) e a Antunes (2003). Nesse contexto, compreende-se a música como um elemento que afeta as emoções e oportuniza o desenvolvimento e (trans)formação do indivíduo em articulação com as manifestações artístico-culturais do folclore nordestino. Desse modo, os resultados obtidos com a produção da paródia contemplaram o (re)conhecimento e a valorização da cultura do Nordeste, o despertar da sensibilidade, do senso crítico, bem como a ampliação do horizonte de expectativas. Verificamos, portanto, que a utilização da música no ambiente escolar favorece a socialização e facilita o processo de aprendizagem, promovendo a transfiguração.