O uso do diário enquanto coleta de dados tem início com a Psicologia nos anos 1970, para compreender as emoções nas experiências dia a dia. Nos anos 1980 passa a ter seu uso voltado para a aprendizagem, neste período voltado para estudos de línguas. Assim, este trabalho tem como objetivo elucidar o uso do diário como recurso para intervenções psicopedagógicas tanto no contexto clínico, quanto institucional. O estudo adota uma abordagem qualitativa, utilizando o método de revisão integrativa de literatura, partindo de um pressuposto teórico inicial, sendo executada pesquisa bibliográfica amparada em artigos científicos. Foi realizada busca por trabalhos publicados em português, a partir do ano de 2017, nos indexadores Scielo, Periódicos CAPES e LUME. A análise dos dados se deu através da interpretação qualitativa dos dados coletados. Foi possível observar que existem benefícios no uso deste recurso em áreas como rotina, criatividade, escrita, memória, percepção de si e do outro, além da observação do impacto das emoções no processo de aprendizagem. O trabalho aborda o papel fundamental das emoções no processo de aprendizagem, apresentando a importância e os benefícios de expressa-las por meio da escrita. Salienta o uso da Escrita Expressiva como recurso terapêutico, não apenas da Psicologia, mas também possíveis adaptações da técnica através do olhar psicopedagógico. Reforça-se a importância de novos estudos e comunicação científica sobre o uso e benefício do diário como recurso de intervenção e aperfeiçoamento de diversas habilidades necessárias para a aprendizagem.