O processo de ensino-aprendizagem de línguas movimenta um campo de possibilidades diverso. Nesse sentido, propomos delinear alguns apontamentos inerentes a desnaturalização do ensino de línguas. Embora as práticas estejam alicerçadas na Pedagogia Moderna, na perspectiva em que nos movimentamos, nosso intento é discutir possibilidades outras de ensinar e aprender línguas a partir de um devir-Deleuze. Nesse contexto, propomos um diálogo aos moldes de Deleuze e Guattari (2022), Larrosa (2019) Sílvio Gallo (2002) e Veiga-Neto (2004), que rompem com a disciplinaridade e com a ideia de progresso. A comunicação propõe um debate a partir de uma reflexão emergida de discursos de quatro alunas do ensino médio técnico na forma integrada, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas-IFAM, Campus Humaitá. Os referidos discursos darão a ver as concepções dessas alunas sobre o processo de ensino-aprendizagem de língua inglesa, por meio da análise da materialidade registrada, por elas, em diário de campo, ao desenvolverem práticas extensionistas em escolas públicas no município de Humaitá, Amazonas. Nesse sentido, sem a intenção de concluir o debate, o intento é de construção, pelas possibilidades que se apresentam, pelas análises das práticas extensionistas junto aos projetos de línguas do IFAM. O que se pretende é desaprender, é não cultivar as verdades, é apostar nas multiplicidades por meio de uma educação menor; por isso, esta comunicação não almeja discutir atos isolados; tem a pretensão de ir ao encontro da filosofia de Deleuze.