A feminização do magistério decorre de um processo histórico impulsionado pela industrialização, urbanização do Brasil, pelos movimentos feministas em prol da educação das mulheres e equidade de gênero no trabalho. Este artigo tem como objetivo identificar e catalogar a produção acadêmica paraibana sobre a feminização do magistério no Brasil, no período de 2020-2022. Este estudo caracteriza-se como uma revisão sistemática, a pesquisa foi realizada no site da CAPES, na plataforma Sucupira, utilizando os seguintes descritores: magistério e mulher’, ‘história da docência e gênero’, ‘docência feminina’, ‘mulher e educação’ e ‘feminização e magistério’ com o intuito de localizar teses e dissertações de Programas de Pós-Graduações em Educação de Universidades Públicas da Paraíba (UFCG, UFPB, UEPB). O aporte teórico deste artigo está centrado nos trabalhos de Galvão e Ricarte (2020), Louro (1997), Saviani (2021). Foram localizadas seis dissertações de mestrado e duas teses de doutorado, o recorte temporal das dissertações e teses são prioritariamente entre as décadas de 1930 e 1980. Os objetivos dos trabalhos versam sobre história, memória, práticas da docência de mulheres educadoras e gênero no Estado da Paraíba. A metodologia das dissertações e das teses contempla: a narrativa autobiográfica, a pesquisa documental e a história oral. Ao analisar os recortes temporais, os objetivos e as metodologias destes trabalhos constatamos que a produção acadêmica paraibana tem contribuído para a ampliação da área de conhecimento “feminização do magistério”, mas também aponta a necessidade de ampliação de estudos/pesquisas que abordem essa temática e utilizem abordagem metodológica da história social, especialmente, a história vista de baixo (THOMPSON, 2001; 2013) contribuindo para a desconstrução dos aspectos tradicionais de gênero naturalizados e circunscritos no que tange o exercício profissional docente de mulheres, especificamente.