A acessibilidade é fundamental em todos os processos de inclusão social, porque ela fornece recursos para que pessoas com deficiência possam participar de atividades individuais e coletivas com autonomia. Em 2019, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, 17,3 milhões de pessoas com dois anos ou mais de idade tinham alguma das deficiências investigadas, sendo 3,4% (aproximadamente 7,0 milhões) com deficiência visual, criando barreiras na transmissão de conhecimentos científicos, sobretudo nas unidades de ensino. Apesar da forte incidência dessa parcela da população e seu crescimento anual, percebe-se a ausência da acessibilidade em atividades realizadas no cotidiano, como o acesso didático a conceitos e materiais biológicos. Dessa forma, baseado na problemática quanto a falta de inclusão na ciência, objetivou-se com esse estudo, desenvolver uma proposta de trabalho com audiodescrição em fotografias relacionadas a definições e conceitos ecológicos, de modo a facilitar a compreensão de conteúdos relativos as Ciências a crianças, jovens e adultos com deficiência visual. A audiodescrição é um recurso de empoderamento muito importante, que amplia o acesso dos usuários à cultura, à educação, ao entretenimento e à informação. O projeto foi realizado por meio de audiodescrições disponibilizadas por meio da leitura de QR codes, permitindo a narração do que se era observado juntamente com o viés cientifico presente na imagem. O trabalho teve um padrão analítico e expositivo, sendo apresentado em locais públicos, por meio de projetos que promovem levar a ciência para a população. O estudo indica que é possível desenvolver programas inclusivos de diversas formas, gerando um incentivo à exploração da integração social e ao estudo científico por toda a sociedade.