O artigo a seguir traz uma discussão prática e teórica para ser abordada na vivência como professor e profissional da área de filosofia. Mostrando a importância do ensino da disciplina com intuito anti-ideológico, buscando fugir do ensino da disciplina apenas como exposição histórica da filosofia e atingindo um ponto onde o ato de guiar o aluno ao pensamento anti-ideológico faz crescer a possibilidade de crítica social e reflexão ao que lhe é imposto dentro de uma sociedade e da própria escola que o quer formar como um cidadão que é inserido em sociedade e é levado a aceitar de bom grado tudo que lhe for dado. No intuito de mostrar uma práxis filosófica aos estudantes, o ensino anti-ideológico da filosofia os leva ao pensamento crítico em relação à si mesmo e ao contexto social e político em que estão inseridos, tornando a filosofia não mais apenas uma disciplina dentro do currículo escolar, mas uma forma de leitura de mundo, uma prática que pode mudar a maneira de vivência de cada um, tornando-os não cidadãos formados por uma moralidade/moralismo criado, mas sim, transformando-os em seres emancipados capazes de criticar a realidade e capazes de autocrítica. Sendo assim, o presente texto traz a importância da forma que é tratada a filosofia e seu ensino, mostrando uma via diferente de se apresentar tal disciplina, que desemboca em um resultado muito distinto da realidade atual do ensino da mesma nas escolas brasileiras, que por levar ainda a bagagem de disciplinas antigas que a substituiu em tempos não tão distantes, tendem, por via própria do currículo, a levar um ensino formador de cidadãos ao invés de emancipador de seres humanos.