Historicamente, os estudantes com deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento, Altas Habilidades e Superdotação (PAEE) eram considerados incapazes de aprender, e por isso, tinha seu processo educativo reduzido a uma dimensão meramente técnica de treino de habilidades, sem comprometimento com os conteúdos acadêmicos. Com o avanço dos estudos e das políticas públicas destinadas à Educação Inclusiva (EI), a escolarização deste segmento passou a ser alvo de debates, onde questiona-se, não apenas a matrícula nas escolas de ensino regular, mas a garantia do direito de acesso ao conhecimento historicamente acumulado, acendendo um sinal de alerta para o tipo norma/padrão de estudante que o currículo sustenta. Nesta vertente, o diálogo acerca do currículo, é necessário para a construção do conhecimento pelos estudantes PAEE. Sendo assim, este estudo almeja discutir a relação entre o currículo e a inclusão escolar do PAEE, problematizando a respeito das mudanças necessárias para a promoção de uma EI. Para isso, foi realizada uma pesquisa de cunho qualitativo, com base na contribuição de autores como: Correia (2016), Gimeno Sacristán (2000), Silva (2010), Minetto(2012), Haas e Baptista (2015) caracterizando-se como uma pesquisa bibliográfica. Em linhas gerais, pode-se inferir que a garantia da escolarização do PAEE, está condicionada a organização de um currículo que valorize as diferenças e que abra margens para práticas pedagógicas que construam e incentivem diferentes possibilidades de interação com o conhecimento, democratizando seu acesso.