A importância da ludicidade no desenvolvimento social e afetivo de jovens e adultos tem motivado vários estudos nas áreas da Educação e também da Psicologia. Por essa razão, cresce de modo acentuado a utilização de ferramentas lúdicas que visam facilitar o processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, o presente artigo apresenta um relato de experiência realizado com estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) utilizando a culinária como elemento de ancoragem para o estudo das organelas celulares. A justificativa pelo trabalho se dá em função do abstracionismo e a complexa nomenclatura utilizada na definição e função das estruturas celulares, o que torna o ensino desestimulante e de difícil assimilação. Como pergunta de partida tem-se: é possível criar subsunçores a partir de atividades lúdicas, as quais os estudantes da Educação de Jovens e Adultos são autores do próprio processo de ensino aprendizagem? Para este intento, os estudantes confeccionaram tipos de alimentos em formato de diferentes células (procarionte, animal e vegetal) com as suas respectivas organelas citoplasmáticas. A coleta desta atividade se deu por relatos dos estudantes participantes durante e pós a realização da atividade e registro por fotos, com a devida autorização dos mesmos. A Análise Textual Discursiva e Mapas Conceituais foram a metodologia utilizada para a investigação dos dados. Os resultados dos materiais analisados mostram um ganho conceitual dos conteúdos abordados e discursos ancorados na ideia central “Acho que aprendi”. Dessa forma, aponta-se que essa metodologia de ensino pode ser promissora no processo de aprendizado, ocorrendo de modo atrativo e possibilitando uma atuação protagonista dos próprios alunos.