Durante o processo histórico a relação entre homem e natureza passou por diversas modificações, visto as necessidades de sobrevivência do homem, o que consequentemente acarretou em diferentes maneiras de utilizar os recursos da natureza. A partir disto, estas experiências vividas pelo homem, em seu processo de evolução foram sendo adquiridas e compartilhadas ao longo dos tempos, o que gerou um conjunto de saberes que hoje conhecemos como conhecimento tradicional. Em meados da década de 1950, no Brasil começou-se a investigar o conhecimento tradicional a partir do mundo natural, com o passar dos anos, trabalhos de etnoconhecimento começaram a ganhar visibilidade. Por outro lado, atualmente, o ensino de Biologia muitas vezes ainda é discutido de uma maneira mecanizada, não levando em consideração o contexto social e a realidade ambiental dos discentes ou seus conhecimentos práticos ou tradicionais. Este trabalho tem como objetivo investigar como a etnobiologia pode colaborar no processo de ensino aprendizagem frente ao conhecimento biológico ortodoxo, por meio da junção de saberes científicos e populares. Os dados coletados para esta pesquisa foram obtidos através de uma revisão biográfica e como referencial teórico, foram utilizados: Carneiro (2021), Da Costa (2014), Andrade Costa (2008), Colombo (2017) e Güllich (2019). Diante dos trabalhos analisados estabeleceu-se a seguinte pergunta norteadora: como é abordado a etnobiologia na educação escolar? Diante dos trabalhos analisados, percebemos que é necessário a inserção do diálogo dos etnosaberes dentro do ambiente escolar, para assim garantir a valorização da biodiversidade e da cultura local.