A ausência ou a ausência de representação dos diversos povos e culturas nos livros didáticos afeta diretamente a identidade dos alunos, sobretudo da população afro-brasileira, que não se sente representada. Em muitos casos, é possível notar a exaltação da cultura europeia, de forma disfarçada ou até mesmo explícita, seja em exemplos ou figuras com predominância de pessoas brancas. A escola, por ser um espaço legitimado, tem uma grande influência na formação de identidades. Sendo assim, a utilização de materiais didáticos inclusivos que abordam a diversidade de povos e culturas, permitem uma educação transformadora, que dialoga com a realidade, identidade dos alunos e os conteúdos trabalhados, permitindo uma formação crítico/reflexiva. Dessa forma, este trabalho analisa alguns aspectos dessa abordagem, através da análise de livros didáticos de Ciências da Natureza e suas Tecnologias da coletânea Ser Protagonista (cód.0201P21203). O objetivo desta pesquisa foi analisar como esse material didático aborda e inclui a diversidade existente no Brasil, com foco na discussão da diversidade étnico-racial. A pesquisa foi desenvolvida durante as atividades do PIBID no Campus Pau dos Ferros do IFRN, sendo classificada como uma pesquisa aplicada e com objetivos exploratórios, e apresentando quanto aos métodos bibliográfica. Os resultados desta pesquisa apresentaram um material didático que aborda a inclusão, contextualizado com a realidade e diversidade de povos e culturas. Identificamos esses aspectos de forma clara, como exemplo podemos citar as discussões sobre os povos e comunidades tradicionais, e a utilização das vivências dos Indígenas da etnia Pataxó para o conteúdo das reações químicas na natureza e no sistema produtivo, além de representações implícitas em imagens e exemplos. Isso demonstra que o âmbito educacional se torna um espaço inclusivo, com educação que permite aos alunos o pertencimento a todo processo educacional ao qual fazem parte.