A nação de Singapura tem se destacado em avaliações internacionais de educação, e isso tem gerado interesse de outros países, em compreender seus métodos, no intuito de observar o potencial no processo de ensino-aprendizagem e utilizá-los. Especificamente no ensino da Matemática, com um currículo que tem como eixo central a Resolução de Problemas Matemáticos e com uma abordagem CPA - concreto, pictórico e abstrato. Explorar os fundamentos educacionais deste país pode contribuir em inovação metodológica que oportunize aprendizagens sólidas no ambiente educacional brasileiro. Diante disso, nosso objetivo é apresentar os resultados do trabalho de conclusão do curso, no qual foi realizado um estudo sobre o método de Singapura no ensino da Matemática, para elaborar uma proposta metodológica do ensino das operações de multiplicação e divisão para estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental. Como referencial teórico utilizamos Van de Walle (2009), Fiorentini (2008), Silvestre (2015), Dienes (1970), Paiva (2019). Para o desenvolvimento da pesquisa, foi feito um levantamento bibliográfico visando compreender possíveis fatores que causam a dificuldade no aprendizado das operações aritméticas e também, quais as orientações propostas na BNCC (2018) referentes aos anos iniciais e finais, no que se diz respeito a esse objeto de conhecimento, em especial, para multiplicação e divisão. Em seguida, a pesquisa se desenvolveu no sentido de entender e integrar os saberes que compõem o método de Singapura, sua estrutura e quais elementos se aproximam das sugestões da BNCC, para assim utilizar na formulação e organização das tarefas educativas conforme o contexto escolhido. Por fim, esta pesquisa apresenta como produto uma sequência didática, na perspectiva do método de Singapura, para o ensino de multiplicação e divisão, com a compreensão ampla dos significados dessas operações, visando proporcionar ao aluno a construção do seu próprio conhecimento, tornando, possível e real, a idealização do protagonismo estudantil.