A interação dos discentes com a natureza, especialmente através do contato com as plantas, permite a construção de atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, valores necessários para a formação de cidadãos mais responsáveis e sustentáveis. A partir dessa ideia, objetivou-se nesse trabalho, verificar, através de uma revisão integrativa da literatura, a eficiência do uso de espaços não-formais como ferramenta didática e sua contribuição para o processo de ensino-aprendizagem de alunos da educação básica e do ensino superior. O levantamento bibliográfico foi realizado na base de dados Google Acadêmico, nos últimos dez anos (2012 - 2022), utilizando os seguintes descritores: “espaços não-formais”, “aula de campo”, “ensino de botânica”, entre outros. Para a representação da bibliografia selecionada, foram criados quadros descritivos contendo aspectos relevantes para a análise dos artigos. Foram encontrados 182 resultados na busca realizada. Destes, 28,11% apresentaram-se elegíveis, pois atendem aos critérios de inclusão estabelecidos. Esses itens encontram-se distribuídos entre artigos, monografias, dissertações e teses. Constatou-se que embora o uso desses espaços em ambos os níveis de ensino se mostre eficaz, poucos trabalhos que relacionem as áreas não-formais no ensino superior foram encontrados. Através dos estudos analisados, observou-se um melhoramento no grau de compreensão do conteúdo ministrado e contribuição para o ensino e aprendizagem do tema. A utilização dos espaços não-formais na didática docente tem grande potencial educativo para os alunos, uma vez que essa experiência tem um impacto direto na melhoria da cegueira botânica. A teoria associada à prática causa uma interação maior com o conteúdo que é visto em sala de aula estimulando a curiosidade e observação. Espera-se que esta revisão forneça subsídios para a elaboração de estratégias mais eficazes de ensino-aprendizagem no que diz respeito à utilização desses espaços verdes.