Fazemos uma reflexão teórica acerca da experimentação estética a partir do ensino de Arte na escola. Com base em Amorim (2013), Fernández de Arroyabe (2018) e Vinci (2021), realizamos uma articulação entre a experimentação e a potência criativa da Arte para expressar mundos não pensados, não vividos ou não experimentados. A aproximação com o tema foi dada a partir de uma pesquisa exploratória-descritiva com utilização da pesquisa bibliográfica como procedimento metodológico. O texto se divide em quatro seções com os seguintes títulos: introdução; experimentação e ensino de Arte no espaço da educação escolar; formação artística e estética no contexto da educação formal brasileira; e conclusão. Utilizamos como dispositivo para análise a concepção de experimentação presente no pensamento de Gilles Deleuze em parceria com Félix Guattari. Identificamos que a “experimentação”, à maneira deleuziana e deleuzo-guattariana, cria procedimentos didático-metodológicos abertos ao acontecimento, uma potencialidade para o ensino de arte, que provoca sentidos e suscita ações que não entrincheira a imaginação e a invenção dos estudantes em modelos estereotipados, mas que fecunda a alternância entre a aprendizagem das linguagens da Arte. Propomos que a experimentação estética pode ser eixo norteador da qualidade do ensino de Arte no Brasil e as ações voltadas para a atividade experimental instauram um caminho de formação que escapa àqueles impostos por seus próprios mitos.