O Psicanalista Erik Erikson desenvolveu a teoria do desenvolvimento psicossocial sobre a qual descreve como o ser humano percorre um longo período, durante toda a vida, por meio de estágios: 1. confiança básica x desconfiança básica (0 a 1 ano); 2. autonomia x vergonha e dúvida (1 ano e meio a 3 anos); 3. iniciativa x culpa (3 a 6 anos); 4. indústria x inferioridade (7 a 12 anos); 5. identidade x confusão de papel (12 aos 18 anos); 6. intimidade x isolamento (18 aos 30 anos);7. generatividade x estagnação (30 aos 60 anos); 8. integridade do ego x desesperança (após os 60 anos). Cada estágio é mediado por crises do ego (“eu”) que contribuem para a formação da identidade (subjetividade/individualidade). A partir dessa perspectiva, quais as contribuições do brincar na formação da identidade das crianças? O objetivo do estudo foi analisar a obra “Infância e sociedade” de Erik H. Erikson no que diz respeito sobre o brincar e a formação da identidade na primeira infância (0 a 3 anos). O estudo foi de caráter qualitativo e a escolha do método configurou-se como pesquisa bibliográfica. A seleção do material bibliográfico foi realizada com ênfase nos capítulos: 5. Fracasso Precoce do Ego: Jean; 6. Brinquedos e Razões; 7. Oito Idades do Homem. A partir do estudo, Erik Erikson esclarece que o brincar possibilita o conhecimento da realidade e cultura, o que leva o indivíduo a construir sua identidade, como também desenvolver habilidades de autonomia, expressão de sentimentos e desejos, e resolução de conflitos. Por fim, sugere-se que o ambiente escolar pode proporcionar experiências por meio do brincar e dos jogos para auxiliar na formação da identidade das crianças, isto é, as atividades lúdicas devem estar aliadas a compreensão do desenvolvimento humano, não apenas com a finalidade pedagógica.