As praias do litoral do Nordeste brasileiro foram gravemente atingidas por um derramamento de petróleo em agosto de 2019. Até o momento, os responsáveis não foram identificados nem responsabilizados. Esse crime não deve ser esquecido, pois deve servir de experiência para que empresas e órgãos governamentais tomem as medidas necessárias para evitar que tragédias semelhantes ocorram em qualquer parte do mundo. O litoral sul pernambucano possui uma característica especial de possuir uma vasta costa de corais, que se estende desde Tamandaré - PE até Maceió - AL, tornando a região sensível à contaminação por óleo. Este trabalho faz parte do projeto de pesquisa do Instituto Federal de Pernambuco, campus Barreiros, que analisou as águas de uma comunidade quilombola afetada pelo óleo, localizada na Mata Sul. Uma das preocupações da pesquisa é destacar, como parte do processo de educação ambiental, a revisão histórica de crimes e "acidentes" que afetam o meio ambiente, especialmente no processo de ensino-aprendizagem de crianças e jovens que fazem parte da comunidade afetada. Além disso, uma política preventiva em relação a incidentes, como o ocorrido em 2019, beneficia as comunidades que dependem da pesca e evita o gasto de dinheiro público em reparos que apenas amenizam parte do problema, como a remoção das manchas de óleo da areia, enquanto o risco de contaminação através do consumo de peixes afeta a comercialização, que é a fonte de renda de muitas famílias. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é resgatar informações em documentos da imprensa e estudos acadêmicos sobre o derramamento de óleo de 2019. Além disso, busca analisar quais medidas estão sendo ou foram tomadas pelo Estado brasileiro para responsabilizar, compreender e evitar futuros derramamentos de óleo, e avançar na educação ambiental para a preservação da biodiversidade costeira.