Artigo Anais IX CONEDU

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

O QUE PENSAM OS ADOLESCENTES EM PRIVAÇÃO DE LIBERDADE SOBRE A EDUCAÇÃO OFERTADA PELO SISTEMA SOCIOEDUCATIVO? UM ESTUDO EM DUAS UNIDADES SOCIOEDUCATIVAS DE JOÃO PESSOA, PARAÍBA

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Publicado em 11 de dezembro de 2023

Resumo

O presente trabalho discorre sobre o sistema socioeducativo, em especial, Unidades Socioeducativas, locais com finalidade pedagógica para os adolescentes que cometeram algum ato infracional. A pesquisa teve como objetivo geral analisar a qualidade educacional oferecida aos adolescentes privados de liberdade de duas unidades socioeducativas de João Pessoa/PB e buscou responder às seguintes questões: (1) O que pensam os adolescentes em privação de liberdade sobre a educação ofertada pelo sistema socioeducativo? (2) Sabendo que a utilização de materiais didáticos proporciona melhorias no processo de ensino-aprendizagem, que suporte didático estes adolescentes têm dentro do sistema socioeducativo? (3) Os adolescentes do Centro Socioeducativo Edson Mota (CSE) e Centro de Atendimento Socioeducativo Rita Gadelha, estão recebendo todo suporte estabelecido pelas leis e documentos que orientam a prática educativa nestes espaços? As duas Unidades Socioeducativas pesquisadas foram: Centro de Atendimento Socioeducativo Rita Gadelha e Centro Socioeducativo Edson Mota (CSE). Participaram da pesquisa três adolescentes do sexo feminino da primeira unidade socioeducativa, e 26 adolescentes do sexo masculino, da última unidade. O projeto foi aprovado pelo CEP/IFPB e como instrumento de coleta de dados, utilizou-se um formulário, composto por várias questões que foram perguntadas e anotadas por uma entrevistadora, numa situação “face-a-face” com o entrevistado. A maioria dos adolescentes é alfabetizada e cumpre medida socioeducativa há menos de 1 ano, sendo o principal motivo, o ato infracional de roubo. A maioria dos adolescentes também afirmou que gosta de assistir às aulas, que recebem material didático diverso e que fazem cursos profissionalizantes nas unidades socioeducativas, tendo eles diferentes planos para o futuro. Os adolescentes são atendidos por diversos profissionais, mas desconhecem muitos aspectos legais que orientam a prática educativa nestes espaços.

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