A educação geográfica, nas diversas áreas do conhecimento, vem sendo permeadas pela inserção de diversas Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) , que passaram a transitar para um processo de ensino-aprendizagem cada vez mais digitalizado, diante das disrupções tecnológicas.Ao passo que carregam conteúdos digitais em forma textos, imagens, vídeos, áudios, filtros e diversas hipermídias que são acessadas, utilizados e aplicados por estudantes, professoras e professores, mesmo que partindo de contextos não escolares, algumas questões nos suscitam investigação: Podermos separar os sujeitos escolares das tecnologias digitais? Como criar experiências diferentes daquelas já vivenciadas fora da escola? Diante dessas realidades, este trabalho tem como objetivo discutir sobre as TDICs no contexto escolar, não apenas em relação ao conteúdo curricular de Geografia, pois considera outras possibilidades de educação geográfica. Partimos do pressuposto de que as TDICs estão cada vez mais presentes nos ambientes escolares e não escolares, influenciando a criação de novas espacialidades e potencialmente transformando realidades. Busca-se uma reflexão sobre o sujeito e TDICs a que nomeamos de corpos, e sobre as mídias digitais móveis que seriam como espelhos da realidade material partindo das teorias de McLuhan (1964), Barad (2017), Haraway (2009), Santaella (2007) e Dourish e Bell (2007).Há vários desafios na compreensão ontológica ou no entendimento das fronteiras entre tecnologias e sujeitos. Conclui-se, portanto, que não bastam que essas tecnologias digitais, sobretudo os presentes nas mídias móveis estejam presentem nos espaços escolares, faz-se necessária a construção de narrativas geográficas.