Esse trabalho investiga o tema das sexualidades dissidentes nos currículos escolares do estado do Acre. Assim, busca-se examinar quais são os dispositivos estruturadores das ausências de gênero e sexualidades nos currículos escolares de Geografia da rede estadual de ensino básico (1ª a 3ª série do Ensino Médio), deste estado amazônico, além de compreender como os/as professores/as que trabalham gênero e sexualidades na geografia subvertem os currículos formais. Para tanto, elege-se como método a Fenomenologia, e como técnicas a revisão bibliográfica, análise documental, entrevistas, questionários e mapas mentais. Espera-se compreender de que maneira as sexualidades dissidentes são deixadas a margem dos currículos escolares, tendo em conta mapear vozes, discursos e relações de poder impressas nos documentos norteadores da educação nacional e local (BNCC e os currículos elaborados pela SEE/Acre). Ao investigar tal problemática, o estudo defende a construção de um currículo de geografia do ensino básico que explore pontos de resistências, ausências e silenciamentos educacionais, reconhecendo as relações sociais como aspectos nunca dados, mas construídos em suas temporalidades e espacialidades. Assim, o currículo de geografia deve investir na diversidade e diferença, de modo a contemplar as vivências espaciais LGBTs como alternativa para descolonizar preceitos machistas, LGBTfóbicos, brancos, elitistas e heteronormativos, fomentando novas epistemologias das sexualidades.