O presente texto parte do debate sobre como as ferrovias brasileiras poderiam ter representado uma alternativa aos problemas da movimentação de matérias-primas e mercadorias no país, do desenrolar do século XIX aos dias atuais, e contraditoriamente chegaram ao declínio em meados do século XX. As estradas de ferro paranaenses se inserem na discussão acerca da infraestrutura dos transportes no Brasil, com possibilidades de contribuir com o equilíbrio das dinâmicas produtivas regionais, e minimizar embaraços na logística estadual. Nessa perspectiva, surge o projeto da Corredor Oeste de Exportação Nova Ferroeste. O projeto prevê ampliação do trecho de pouco mais de 248 quilômetros, situado entre Guarapuava e Cascavel, para um novo traçado de aproximadamente 1.500 quilômetros interligando o Porto de Paranaguá, no Paraná, à Maracaju, no Mato Grosso do Sul; construção de um ramal entre Cascavel e Foz do Iguaçu, e entre Cascavel e Chapecó (SC); e leilão da estrada férrea. Frente ao exposto, o objetivo central deste trabalho é compreender a importância das ferrovias do Paraná, no espaço geográfico paranaense. Esse fio condutor remete ao objetivo específico que é correlacionar as propostas da Nova Ferroeste, às possibilidades para melhorar as dinâmicas produtivas regionais e os gargalos do setor.