O artigo aborda a relação entre migração, território e identidade cultural com foco em Rondonópolis/MT. O objetivo é a elaboração de uma revisão bibliográfica sobre a importância da alimentação no processo de des-reterritorialização daqueles que migram. A metodologia utilizada é uma revisão narrativa de literatura. Os resultados mostram que a alimentação é uma das práticas culturais que se destacam como uma forma de reforçar a identidade cultural e de se relacionar com o novo território. A construção da territorialidade não é apenas a formação de uma delimitação geográfica, mas uma construção histórica, social, econômica, política e cultural. A apropriação espacial e simbólica do novo território pelos migrantes leva a um processo de (des)territorialização e (re)territorialização, que mantém laços com o território de origem, mas busca adaptar-se e preservar suas características culturais. O artigo nos alerta para a importância de compreendermos a relação entre migrações, território e identidade cultural, pois ela influencia diretamente na formação da sociedade brasileira e na construção da nossa identidade nacional.