O presente estudo objetiva investigar o impacto da legislação vigente para a educação infantil do campo, no município de Vitória da Conquista, considerando que a partir da Constituição Federal de 1988, esta passou a ser entendida como um direito de todos, devendo ser oferecida em creches e pré-escolas às crianças até 5 anos de idade. No entanto, essa conquista tem enfrentado muitos percalços para se materializar na vida desses sujeitos, mesmo sendo direito fundamental, não há creches e pré-escolas suficientes para atender à demanda. E no campo é um processo mais lento ainda. Infelizmente, há quem compreenda os povos campesinos como sinônimo de atrasados, desconsiderando sua história. Todavia, compreendemos a luta dos sujeitos do campo pela democratização da terra e um projeto de educação que traduza o campo como lugar de vida e de produção humana. Nessa perspectiva, este trabalho foi elaborado a partir de pesquisa bibliográfica e exploratória, fundamentada em teóricos como: Mészaros (2008), Arroyo (2009), Duarte (2001), Lombardi (2010), Saviani (2017) e Silva (2012). Além de documentos oficiais que regulamentam a educação infantil e a educação do campo A pesquisa sinaliza que, para reverter as desigualdades educacionais historicamente construídas, num contexto complexo, carregado de conflitos de valor e interpretações, faz-se necessário ampliar a oferta de espaços para a educação infantil, além de desconstruir esses modelos excludentes, fortalecendo uma práxis educativa emancipatória e humanizadora cuja referência é o ser humano.