O artigo tem como objetivo discutir o lugar que a criança ocupa hoje na escola na perspectiva de infância. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, onde foi abordado autores como Ariés, Rosemberg, Postman e outros que discutem a criança e a infância. O trabalho consistiu em discutir esse percurso e analisar os espaços sociais conquistados pela criança e os contornos que se delineiam socialmente, alterando a visão da infância a cada nova configuração social. É apresentado um breve estudo histórico sobre como surgiu a concepção de infância e suas conotações de acordo com o contexto social. O texto aborda a lenta conquista dos direitos da criança, as políticas públicas voltadas para o ensino infantil e a organização curricular. Com o avanço científico, os estudos realizados sobre o desenvolvimento humano, principalmente na área da psicologia e da pedagogia, têm contribuído para um novo olhar sobre a criança nas suas especificidades, o que tem contribuído para o surgimento da concepção de infância. Nessa concepção, o brincar é relacionado à criança e considerado importante para o seu desenvolvimento cognitivo, social e afetivo. Mas como a infância é historicamente construída, falar dela enquanto construção social implica abordar muitos elementos a ela associados. O problema que se coloca é o lugar que a criança ocupa na escola na contemporaneidade, considerando as novas configurações sociais em que está imersa. Após a pesquisa e as análises, a conclusão é que a economia tem imposto um novo lugar da infância, fortalecido pela escola.