RODRIGUES, Adalberto Teixeira et al.. Narrar e fabular para formar leitores. Anais I CINTEDI... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/8962>. Acesso em: 23/12/2024 16:39
Narrar é prática que perpassa a história das civilizações. Apesar da afirmação de BENJAMIN (1994, 197)) em relação à “experiência de que a arte de narrar está em extinção”, o dia a dia em sala de aula parece revelar que narrar pode ser envolvente e facilita o processo de aprendizagem em qualquer dos níveis de formação. É claro que narrar não é uma atividade fácil; talvez por isso, segundo BENJAMIN (1994, 197), “são cada vez mais raras as pessoas que sabem narrar devidamente”. Tomamos também, para nossa discussão teórica, os apontamentos de Barthes (2009), Bosi (2003), Candido (2004), Colomer (2007), Cosson (2006) entre outros. Os textos literários usados nessa vivência foram contos de Machado de Assis. O professor pode se apropriar da faculdade de narrar para intercambiar suas experiências e torná-las mais envolventes. Mas, para isso, é claro que o professor precisa se encher de experiências afinadas com o seu fazer pedagógico. Nosso propósito é apontar um caminho para formação de leitores, usando as nuances da narração. Entendemos que os artifícios do narrar fisgam os ouvintes, instigando-os na busca de detalhes da histórica em desenvolvimento. Nesse sentido, narramos somente até o ponto em que se instala o suspense. É o professor quem escolhe onde quer instalar o ápice da narração e atiçar a curiosidade dos possíveis leitores. A vivência nos diz que os jovens querem experimentar o desenlace, razão porque querem saber qual é a história e quem é o autor.PALAVRAS-CHAVE: narrar; intercâmbio; fazer pedagógico.