O tema levantado por esse trabalho tem como base uma abordagem feminista do conceito de diversidade e a crítica ao processo de militarização das escolas básicas que vem sendo implantado no Brasil com mais força nos últimos anos. Tem, portanto, como problemática central: qual propósito deve servir a educação básica? O objetivo geral desta pesquisa é analisar as principais divergências entre o processo de militarização e a promoção de uma educação feminista e anti racista, especificamente identificar as principais categorias e questões mobilizadas para a implantação do Programa escola cívico-militar (Pecim) e apontar as principais contribuições de uma pedagogia da/para diversidade, a fim de promover a reflexão e o diálogo sobre ética, valores, direitos humanos e democracia nas escolas. O caminho teórico metodológico percorrido decorre do materialismo histórico dialético enriquecido por autoras como Lélia Gonzalez (1988), Helleith Saffioti (2013), Patricia Hill Collins (2015) e Nilma Lino Gomes (2018) que nos auxiliam a fundamentar uma perspectiva feminista e anti racista em torno da questão, a partir de observações de campo e minucioso levantamento bibliográfico. Esta pesquisa propõe como produto educacional um plano de ação, ainda em elaboração, em que espera-se contribuir na formulação de práticas pedagógicas e políticas públicas orientadas a partir da promoção da cidadania e da diversidade cultural.