A formação do profissional que atua no ensino de Línguas para Fins Específicos tem sido uma questão recorrente nos estudos contemporâneos da área. Se, por um lado, nos deparamos com um grande número de professores que precisam dar conta dessa demanda prática em seu dia a dia, seja com alunos particulares que buscam cursos para objetivos específicos (provas de acesso à cursos de pós-graduação, viagens, trabalho, etc.), seja em escolas de idiomas que vendem cursos para grupos específicos (Business English, Inglês para Petróleo e Gás, etc.), ou até mesmo em contextos muito específicos onde o ensino da língua está relacionado à uma profissão (Marinha Mercante, controladores de voo, entre outros), por outro lado, percebemos que pouco se oferece em termos de formação para esses profissionais nos cursos de graduação em Letras. Embora a demanda prática por cursos de LinFE seja crescente, a formação dos profissionais para tal atuação acaba acontecendo mais a nível de pós-graduação ou a partir de iniciativas individuais que incluem a busca por fontes como lives, por perfis em redes sociais sobre o assunto, por pesquisa em materiais já publicados, entre outras. Ainda assim, percebemos não ser tão frequente a oferta de cursos, disciplinas ou fontes para a obtenção de conhecimento teórico e prático na área. Com isso, a presente comunicação objetiva problematizar alguns desafios e questões inerentes ao processo de formação inicial de professores LinFE no cenário acadêmico brasileiro, discutindo a formação inicial desses professores e verificando de que forma as demandas práticas se relacionam aos conhecimentos teóricos disponíveis na formação dos professores de Línguas para Fins Específicos.