Com o surgimento da pandemia da Covid-19 no Brasil desencadeada pelo novo coronavírus (SARS-COV-2)3 e, consequentemente, com o isolamento social em meados do mês de março de 2020, muitas instituições tiveram que se adaptar à nova realidade no processo de ensino e aprendizagem, sobretudo, no ensino superior. Percebe-se então, que as tecnologias se tornaram um dos recursos essenciais para o processo de ensino e aprendizagem no cenário da Covid-19. Nesse sentido, Goedert e Arndt (2020, p. 105) expõem que “o cenário que se desenha diante dessa pandemia é de incertezas, inseguranças e adaptações em todas as dimensões sociais, como na saúde, na política, na economia e na educação”. Todas essas transformações propiciaram um novo processo de formação inicial de muitos graduandos e nas práticas docentes, como a mediação das aulas com o uso do Google Forms, Google Meet, grupos de WhatsApp e outras TDIC’s. o trabalho discorreu sobre a formação inicial do curso de Geografia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina/PI, durante a pandemia da Covid-19 na modalidade ERE. Nesse sentido, com a chegada da pandemia e, consequentemente, a realização do ensino on-line, o ensino de Geografia sofreu grandes transformações, tanto na prática docente quanto na aceitação dos(as) alunos(as) em relação à nova realidade do ensino não presencial. O artigo teve como objetivo geral: discutir as perspectivas do ERE da UFPI no curso de Licenciatura em Geografia e objetivos específicos: i) analisar como os discentes do curso de Geografia lidam com a nova modalidade de ensino e ii) apontar quais Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC’s) foram e continuam a serem utilizadas durante as aulas on-line. A investigação fundamentou-se em análises bibliográficas acerca da temática central nas quais foram analisados artigos acadêmicos, dissertações, livros e sites especializados, bem como aplicação de questionário on-line para os discentes do curso de Geografia da UFPI. Nesse sentido, a pesquisa torna-se importante, pois foi possível realizar uma análise crítica e reflexiva acerca da aprendizagem dos(as) alunos(as) e o quanto o ERE é aceito, ou não, pela comunidade acadêmica durante o isolamento social. Conclui, portanto, que o ensino remoto, nesse caso, nos trouxe mudanças significativas ao longo da pandemia, principalmente, na interação entre os(as) professores(as), as tecnologias e os(as) aluno(as), ou seja, a exemplo do que vem acontecendo no ensino superior, que passaram a ser mediadas pelas TDIC’s. Dessa forma, não são mais uma novidade, há tempos que esses recursos são utilizados em sala de aula, porém desde a pandemia as discussões sobre o Ensino a Distância (EaD) e Ensino Remoto (ER) vem sendo ressignificadas.