O presente artigo discute sobre as relações de gênero e étnico-raciais no campo educacional, tendo como objeto de estudo a trajetória da mulher preta no processo de formação inicial do ensino superior. Entende-se que a construção de sua carreira acadêmica se torna muito mais árdua devido às situações de sexismo e racismo, a qual estão sujeitas diariamente. Desta forma, no decorrer do estudo, busca-se responder de que maneira as desigualdades de gênero e racial perpassam e interferem no percurso dessas estudantes quando se pensa não só no acesso ao meio universitário, mas principalmente, na permanência. Por perceber a educação ainda como um aparelho reprodutor desses estigmas sociais, revelasse que por meio de uma formação docente voltada a entender a história e reinvindicações do movimento feminista negro, assim como, uma prática pedagógica inclusiva (currículo oculto), o sistema educacional passará a funcionar de forma inversa, ou seja, a favor da amenização/erradicação dessas discriminações.