Este artigo versa sobre a situação social, econômica e educacional de estudantes com deficiência visual na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no contexto do ensino remoto. A pandemia do coronavírus impôs uma reestruturação radical sobre a forma de ensino e trabalho desde março de 2020. As tecnologias, agora viraram a única via de acesso aos estudos. O problema é a dimensão de seu acesso e manuseio, somados ao fato de as pessoas estarem sozinhas para esta descoberta. Esta pesquisa foi realizada com 16 estudantes com deficiência visual matriculados nos cursos de graduação e pós-graduação da UFPB, mediante a aplicação de questionários, a fim de saber seu perfil socioeconômico e os desafios para lidar com a nova modalidade de ensino. Os resultados revelaram que a escassez de tecnologias adequada, a falta de um ambiente apropriado e a ausência de acessibilidade, principalmente no ensino remoto, impactam decisivamente sobre rendimento e aprendizagem dos estudantes com deficiência visual. Contudo, a sensibilidade dos professores e demais estudantes em perceber as demandas específicas e em oferecer o suporte pedagógico necessário, somada à determinação que move cada um em torno do desejo de seguir com os estudos, são a força motriz incapaz de derrubá-los ante as adversidades.