Objetivo: Analisar os padrões de ocorrência de doenças crônicas e multimorbidade em idosos de São Paulo, Brasil. Método: Estudo transversal, aninhado ao inquérito de base populacional ISA-Capital, de 2015, com sub amostra de 1.019 idosos com 60 anos ou mais. Resultado: 76% (21,2 – 27,2) e 40% (36,6 – 43,8) dos participantes referiram ao menos uma e duas ou mais doenças crônicas, respectivamente. A contagem média destas morbidades foi de 1,34 (1,27 – 1,42) sendo significativamente maior nas mulheres (IRR=1,60; 1,42 – 1,81), nos mais velhos de 70 a 74 anos (aIRR=1,31; 1,13 – 1,53) e 75 anos ou mais (aIRR=1,32; 1,15 – 1,52), nos ex-fumantes (aIRR=1,17; 1,04 – 1,33) e nos indivíduos de alta renda (aIRR=1,15; 1,01 – 1,30). Os padrões mais comuns de ocorrência da multimorbidade foram: hipertensão arterial sistêmica /diabetes mellitus tipo 2 (18,3; 15,9 – 20,7; p<0,001), hipertensão arterial sistêmica/ artrite e reumatismo (15,4; 13,1 – 17,6; p=0,008), hipertensão arterial sistêmica/ osteoporose (9,2%;7,4 – 10,9; p=0,258); artrite e reumatismo/osteoporose (7,8%; 6,1 – 9,5; p<0,001). Conclusão: As estimações para diferentes doenças crônicas, assim como para os aspectos a elas relacionados são consistentes com achados previamente reportados. Contudo, estimativas sobre percentual de indivíduos que referiram adoecimento por uma e duas ou mais afecções, o número médio de afecções por indivíduo e os seus padrões de ocorrência foram substancialmente diferentes.