As diferentes maneiras como o ensinar e o aprender acontecem em sala de aula e fora dela têm sido bastante discutidas em decorrência da dissociação que ocorre entre a formação e a atuação docente, fruto, muitas vezes, das fragilidades nas formações iniciais de muitos professores, o que acaba refletindo na prática pedagógica desses profissionais. Dessa forma, o presente estudo objetivou analisar como acontece o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de Biologia em uma escola pública da rede estadual de Ensino Médio, localizada no município de Iguatu/CE, a partir da observação de uma aula e da prática pedagógica de um professor da instituição. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de natureza descritiva onde, para essa análise, observou-se uma aula numa turma de 1o ano, na instituição lócus desta investigação. As demandas e as sinalizações dessa observação foram registradas em um caderno de campo. A estratégia realizada possibilitou verificar que, mesmo o professor buscando integrar elementos do cotidiano dos alunos às suas aulas, o processo de ensino-aprendizagem ainda aconteceu de forma tradicional em muitos aspectos, embora com nova roupagem, naquela aula. Essa percepção se deu diante da postura do docente de direcionar a abordagem apenas a um determinado grupo de alunos, limitando ou mesmo ignorando a participação dos demais. Entende-se que a aprendizagem não é papel exclusivo do professor, pelo contrário, o aluno tem que se perceber como sujeito ativo e responsável pela sua formação, mas como mediador desse processo, o docente deve promover momentos em que esses estudantes se sintam motivados a participarem, utilizando variadas metodologias de ensino em sala de aula. Considera-se que a aula apresentou aspectos tradicionais e, quando isso acontece no processo de ensino- aprendizagem, contribui-se para que não haja total participação dos discentes e autonomia destes como sujeitos ativos de suas próprias formações, na construção do conhecimento.