O processo de envelhecimento está associado a mudanças fisiológicas que afetam a estrutura e qualidade do sono. Estima-se que cerca de 50 a 70% da população idosa apresentam sono insuficiente, caracterizado por interrupções frequentes, perda dos ritmos circadianos e falta de tempo gasto em estágios restauradores do sono, muitas vezes correlacionados a doenças crônico-degenerativas, declínios funcionais e cognitivos. Considerando que a qualidade de sono se apresenta como um importante indicador do estado de saúde na população idosa, o presente estudo teve por objetivo caracterizar a qualidade de sono de idosos residentes de um condomínio público em Campina Grande- PB. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e observacional com abordagem quantitativa realizado entre os meses de janeiro e abril de 2022, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba, sob CAAE 4.948.040. A amostra para esta pesquisa foi de base institucional composta por 20 indivíduos (≥ 60 anos). Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram um formulário de entrevista semiestruturado com questões pertinentes à caracterização sociodemográficas dos participantes (idade, sexo, estado civil, escolaridade, ocupação, doenças crônicas e uso de medicamentos) e o Índice de Pittsburgh (PSQI) para avaliação da qualidade do sono. Os dados estatísticos foram tratados de forma descritiva. Quanto ao perfil sociodemográfico, a amostra apresentou média de 72,50±5,57 anos, sendo constituída, em sua maioria, por mulheres (55%), casadas (40%), aposentadas (94%), com nível de escolaridade de 4 a 7 anos (40%) e com mais de duas comorbidades (30%). Em relação a qualidade de sono, os resultados obtidos mostraram que 80% (n=16) do total dos idosos participantes referiam má qualidade de sono. O escore global do PSQI foi de 8,6±3,28 pontos, o que sugere a necessidade de elaboração e implementação de estratégias institucionais para melhorar a qualidade do sono dos residentes.