A dor, considerada como o quinto sinal vital, é uma sensação subjetiva, variável de pessoa para pessoa, constitui um fenômeno complexo, resultado de um processamento elaborado da estimulação nociceptiva e que possui um componente afetivo-comportamental, podendo ser modulada por diversos fatores. É considerada um dos problemas mais comuns na população idosa. A dor orofacial é uma condição associada a tecidos moles e mineralizados (pele, vasos sanguíneos, ossos, dentes, glândulas ou músculos) da cavidade oral e da face. Podendo essa dor variar de muito leve a intensa, de aguda à crônica. No que se refere a Odontologia, a mesma pode ser de origem odontogênica (de intensidade mais aguda) e não odontogênica, relacionadas aos músculos, articulações e nervos. O tipo mais comum de dor orofacial não odontogênica é a Disfunção Temporomandibular (DTM), termo este amplamente utilizado para condições musculoesqueléticas envolvendo dor e/ou disfunção nos músculos mastigatórios, Articulações Temporomandibulares (ATM) e estruturas associadas, apresentando etiologia multifatorial que afeta diretamente na qualidade de vida do indivíduo. A maioria dos pacientes com diagnóstico de disfunção temporomandibular apresenta dor em outras partes do corpo além da face, sendo a região cervical, lombar e ombros, os mais acometidos. Por isso, é de suma importância que o profissional de saúde seja habilitado para realizar o correto diagnóstico e traçar o tratamento adequado dessas situações, bem como, caracterizar o perfil do idoso mais propensos a desenvolver a dor orofacial, cuja tratamento, requer uma abordagem multidisciplinar (cirurgiões-dentistas, fisioterapeutas, médicos, dentre outros) proporcionando assim, uma ampla visão do quadro clínico do paciente, devido a sua complexidade.