Os objetivos do resumo são: realizar levantamento do número de alunos que recebem atendimento educacional especializado (AEE), identificar a qualidade da acessibilidade que a escola oferece para estes alunos, analisar quantidade e qualidade do recursos da sala de recurso multifuncional (SRM), analisar a formação do professor da SRM e verificar o trabalho pedagógico do professor. Foram investigadas duas escolas públicas, municipal e estadual, de Ariquemes, Rondônia. Em ambas foram avaliadas condições de acessibilidade e qualidade dos recursos materiais existentes na SRM. Foi utilizada a observação e registro em relatório. Também foi realizado levantamento de alunos que recebem AEE. Para identificar as formações acadêmicas dos professores, foi utilizado um questionário. Para a análise do trabalho pedagógico foi utilizada entrevista e demonstração dos materiais por elas utilizados. Participaram duas professoras responsáveis pela SRM. A escola municipal foi construída em nível bem acima do solo, dificultando o acesso à escola. Havia uma única rampa, enquanto em outros pontos da escola havia apenas degraus íngremes, o que resultou em transferência de um aluno cadeirante. Na escola estadual, o ambiente externo recebeu rampas para acesso a todas as salas bem como possui corrimãos em pontos mais altos. Uma possível razão para essa diferença é a localização central da escola estadual, localização que em muitos casos resulta em maior investimento.A SRM da escola municipal, bem menor que a do estado, encontra-se bem estruturada, organizada e com material pedagógico similar ao da escola estadual. Na escola municipal são atendidos 15 alunos, apenas um sem laudo médico: 1 caso de transtorno global do desenvolvimento (TGD) com autismo e epilepsia, 3 casos de deficiência cognitiva, 3 alunos com Síndrome de Down, 1 aluno com deficiência auditiva, 1 aluno com Síndrome de Marfan e baixa visão, 1 caso de paralisia cerebral, 1 aluno com transtorno Boderline e 1 caso com encefalopatia. Na escola do estado é menor: 8 alunos com necessidades educacionais especiais (NEE), todos com laudo médico: 1 aluno com deficiência múltipla, 2 com deficiência intelectual, 2 com deficiência visual, 1 com deficiência física e 2 autistas. No referido atendimento as duas professoras mostraram as diversas atividades pedagógicas, todas voltadas para estimular a coordenação motora, a concentração e o raciocínio lógico. Nas duas escolas, as professoras era pedagogas. A do município tinha especialização em gestão escolar e a do estado em educação especial. Apesar da diferença no tempo de experiência das professoras houve compatibilidade em relação ao trabalho pedagógico, tendo ambas empenho, dedicação e aplicarem atividades direcionadas especificamente para cada caso. Quanto à capacitação para o professor que atende aluno com NEE, praticamente não existe, quando precisa de informações recorre à internet e outros meios, o que ocorre também na escola do estado e nesta, a própria professora da SRM dá formação aos professores. Verificou-se que concepção docente sobre as deficiências e TGD está ainda sendo formada, com pouca clareza quanto às patologias presentes nos alunos. Já a professora estadual compreende de forma abrangente os aspectos da educação inclusiva, patologias e políticas públicas que amparam a inclusão.