EM UM MUNDO DE OBJETIVAÇÕES E NECESSIDADES DE APROPRIAÇÃO, O JOGO É UMA DAS FORMAS DE RELAÇÃO COM A CULTURA. ENTRETANTO, NA EDUCAÇÃO INFANTIL ELE SOFRE COM A GENERALIZAÇÃO, DESCONSIDERANDO SUAS VÁRIAS DIMENSÕES. O OBJETIVO DESTE ESTUDO FOI DIFERENCIAR AS REPRESENTAÇÕES DO JOGO EM CADA UMA DESSAS DIMENSÕES, SEJA VINCULADO À CULTURA CORPORAL, À PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO OU À PEDAGOGIA. A METODOLOGIA DESENVOLVIDA FOI UMA PESQUISA TEÓRICA, DE NATUREZA EXPLORATÓRIA E ABORDAGEM QUALITATIVA. OS RESULTADOS MOSTRARAM O JOGO COMO ATIVIDADE “NÃO SÉRIA”, QUANDO COMPARADA ÀS ATIVIDADES INTELECTUAIS DE SALA DE AULA, TRAZENDO CONSIGO UMA VISÃO ESPONTANEÍSTA DE DESENVOLVIMENTO, AUSÊNCIA DE PLANEJAMENTO E PROPÓSITO EDUCACIONAL. NA CULTURA CORPORAL, OBJETO DE ESTUDO DA EDUCAÇÃO FÍSICA, O JOGO EXPRESSA UMA CONSTRUÇÃO CULTURAL HUMANA ATRAVÉS DA MOTRICIDADE. JÁ O JOGO NA FORMA DE BRINCADEIRA DE PAPÉIS SOCIAIS SE REFERE À PROTAGONIZAÇÃO DO PAPEL DO ADULTO PELA CRIANÇA, CONTRASTANDO A NECESSIDADE DE AGIR E A IMPOSSIBILIDADE DE REALIZAR A AÇÃO. POR FIM, NA PEDAGOGIA O JOGO PODE SER UMA ATIVIDADE RECREATIVA – OCUPAR O TEMPO OCIOSO E DIVERTIR; OU SER UM RECURSO DIDÁTICO DE APRENDIZAGEM – ATIVIDADE DIDATIZADA PARA ATENDER OBJETIVOS EDUCACIONAIS PRÉ-DEFINIDOS. A GENERALIZAÇÃO DO TERMO JOGO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR PODE SER EVITADA POR MEIO DE SUA CONCEITUAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO DESSAS VÁRIAS DIMENSÕES, RECONHECENDO O SEU USO NO PROCESSO EDUCATIVO, PORÉM SEM DESCARACTERIZÁ-LO. ENFIM, A INTENÇÃO É PRESERVÁ-LO COMO ATIVIDADE LÚDICA, NÃO UTILITÁRIA E RECONHECER SUA LEGITIMIDADE COMO CONHECIMENTO ESCOLAR NA PRÉ-ESCOLA.