EXPOR AS PERMANÊNCIAS SIMBÓLICAS TRANSFERIDAS A NÓS MULHERES NEGRAS, NO INTUITO DE EXPLICITAR O IMAGINÁRIO COLETIVO ESTRUTURADO EM DISCRIMINAÇÕES, ESTEREOTIPIAS, IMAGENS DE CONTROLE E OPRESSÕES CORRELATAS SE CONSTITUI COMO PROPOSTA DESTE TRABALHO. É IMPORTANTE PENSAR QUE PESSOAS DE ASCENDÊNCIAS AFRICANAS TÊM SIDO HISTORICAMENTE OBJETIFICADAS, INVISIBILIZADAS E ENTENDIDAS COMO INDIVÍDUOS DE SEGUNDA CATEGORIA, AO PASSO QUE TEM CONSTRUÍDO POSSIBILIDADES IMPORTANTES DE SUBVERSÕES, LUTAS E (RE) EXISTÊNCIAS. NESTE SENTIDO, ABORDAREI AQUI AS IMAGENS DE CONTROLE PRODUZIDAS NA OBRA DE GILBERTO FREYRE E QUE TEM RESSONÂNCIA NO PENSAMENTO DE MARCO FRENETTE E EM JOEL RUFINO DOS SANTOS. AS INTERSECÇÕES ENTRE PATRIARCADO COLONIAL, RACISTA, SEXISMO E MISÓGINO FORAM OBSERVADAS EM TEXTOS PRODUZIDOS PELOS SUJEITOS CITADOS. AO PASSO QUE, DEBATO A IMPORTÂNCIA HISTÓRICA DAS REFLEXÕES TEÓRICAS E POLÍTICAS EM TORNO DA ESCREVIVÊNCIAS E DO AQUILOMBAMENTO REFLETIDOS NO PENSAMENTO DE CONCEIÇÃO EVARISTO E DE BEATRIZ NASCIMENTO. OUTRO ASPECTO IMPORTANTE DESSE TRABALHO É O PENSAMENTO FEMINISTA NEGRO COMO CONSTRUTO HISTÓRICO EMPREENDIDO DE CONTRAPONTOS E PERTENCIMENTOS COMO POSSIBILIDADES DE (RE) EXISTÊNCIAS. NA MEDIDA EM QUE ESTAMOS FALANDO DE UM GRUPO HETEROGÊNEO – MULHERES NEGRAS –, MAS, SOBRETUDO DE EXPERIÊNCIA COMPARTILHADAS QUE ENVOLVEM TRAJETÓRIAS POLÍTICAS, CONQUISTAS, EMBATES, PERDAS E FORMAS DIVERSAS DE PARTICIPAÇÃO EM LUTAS E CONTEXTOS SOCIAIS DIVERSOS, VISLUMBRAM-SE NOVAS POSSIBILIDADES DE REGISTROS DISCURSIVOS DAS RELAÇÕES ASSIMÉTRICAS DE RAÇA, GÊNERO, CLASSE, GERAÇÃO, TERRITORIALIDADE E SEXUALIDADE.