UM DOS ASPECTOS DAS RELIGIÕES É QUE ESTAS SÃO DOTADAS DE COMPREENSÕES ESTRUTURAIS DE GÊNERO, ALÉM DE TEREM UMA IMPORTÂNCIA SIGNIFICATIVA PARA A CONSTITUIÇÃO IDENTITÁRIA. RECENTEMENTE, PODE-SE PERCEBER A VIOLÊNCIA DE MUITOS DISCURSOS RELIGIOSOS QUE RETORNAM NAS MAIS PROFUSAS ESFERAS DA VIDA PÚBLICA, DO ESPAÇO LEGISLATIVO À EDUCAÇÃO. NESSE CENÁRIO, A UNIVERSIDADE, ENQUANTO INSTITUIÇÃO, (RE)PRODUZ DIFERENÇAS E DESIGUALDADES NO QUE TANGE AOS CURRÍCULOS, ÀS NORMAS, ÀS TEORIAS, E TAMBÉM (RE)PRODUZ CONCEPÇÕES DE GÊNERO INVISIBILIZANTES. O OBJETIVO DESTA PESQUISA FOI INVESTIGAR COMO AS CRENÇAS RELIGIOSAS INFLUENCIAM A CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO DOS DOCENTES UNIVERSITÁRIOS SOBRE A QUESTÃO DE GÊNERO. A PESQUISA, DE CARÁTER EXPLORATÓRIO, UTILIZOU UM QUESTIONÁRIO ONLINE COMO INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS. CONTOU COM 101 RESPONDENTES, EM QUE 54 SE IDENTIFICARAM COM O SEXO BIOLÓGICO MASCULINO, 51 INDICARAM POSSUIR PÓS-DOUTORADO, E 92 LECIONAM EM UNIVERSIDADES PÚBLICAS. A ANÁLISE DE DADOS, QUE ESTÁ EM FASE PRELIMINAR, TEVE CARÁTER MISTO, COM UMA ANÁLISE DE CONTEÚDO DO TIPO CATEGORIAL, SEGUIDA PELA ANÁLISE TEMÁTICA. A MAIORIA DOS PARTICIPANTES SE DECLAROU SEM RELIGIÃO (55), E APENAS 27 INDICARAM RECEBER ALGUMA ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL SOBRE COMO LIDAR COM QUESTÕES DE IDENTIDADE DE GÊNERO. DENTRE AS CONCEPÇÕES PERCEBIDAS COMO SOCIALMENTE ASSOCIADAS AO CONCEITO DE FEMINILIDADE ESTIVERAM AS SEGUINTES PALAVRAS: MÃE (34); SUBMISSA (25); INDEPENDENTE (18); BONITA (14). DENTRE ÀS ASSOCIADAS À MASCULINIDADE, FORAM AS SEGUINTES PALAVRAS: FORTE (28); PROVEDOR (28); PAI (15); TRABALHADOR (14). DIANTE DISSO, SUBLINHA-SE A NECESSIDADE DE UMA FORMAÇÃO ÉTICO-POLÍTICA DOS PROFESSORES NO QUE TANGE ÀS TEMÁTICAS DE GÊNERO.