Parte significativa da obra de Mia Couto testemunha a história recente de Moçambique – a opressão colonial, a luta pela libertação do país, os tempos de devastação pós-guerra. A ótica, nesse caso, não é a do historiador, é quase sempre de personagens cujas falas e situações trazem muito de catástrofe. O objetivo desta comunicação é apontar momentos da história recente de Moçambique a partir do romance A varanda do frangipani (2007) Os fundamentos teóricos que nos guiam são Cabaço (2009), no que diz respeito à história recente do país, e Seligmann-Silva (2003), para refletir sobre literatura como depoimento de catástrofes. Além de um estudo crítico da obra, apontaremos possibilidades metodológicas de leitura da obra em sala de aula.