Este texto tem como preocupação central trabalhar o tema da memória de velhos no mundo da oralidade. A proposta de articulação entre ensino de história e memória surge a partir das inquietações emergentes do projeto de pesquisa Memórias nas margens: histórias de velhos”, vinculado ao PIBIC/ Universidade Estadual da Paraíba. Como referencial teórico estabelecermos diálogos com autores que trabalham memória e subjetividade: Barrenechea (2008) que reúne uma coletânea de textos que pretendem trabalhar o tema da memória não como um dado pronto, acabado, mas dotada de subjetividades e intencionalidades. Foucault (1985) para quem a narrativa se constitui enquanto uma estética da existência, permeada de representações pessoais e culturais. Nossa pesquisa procura articular três temáticas, que podemos chamar de geradoras, a tríade: memória, pesquisa e ensino de história. A pesquisa é desenvolvida com idosos da cidade de Campina Grande – PB. Objetivamos colher depoimentos de histórias de vida, com o intuito de pensarmos como essas pessoas constroem e pensam seus percursos alternativos e como imprimem suas subjetividades nas lembranças, para tanto utilizamos como instrumento metodológico da pesquisa as narrativas orais, tendo como objetivo a construção de um corpus documental, com histórias de vida e depoimentos que possam produzir outras ressonâncias no saber-fazer que envolve o ensino de História. Trata-se de, a partir, desse arquivo possibilitar pensar outras narrativas no discurso historiográfico.