UNIVERSIDADE-ESCOLA: PROJETO DE EXTENSÃO PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES Janaina Medeiros Francener janamedeirosfrancener@hotmail.com Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Santa Helena, Paraná, Brasil. Bruna Finardi b_finardi@hotmail.com Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Santa Helena, Paraná, Brasil. Jeniffer Sabrina Machado jeniffer@alunos.utfpr.edu.br Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Santa Helena, Paraná, Brasil. Pamela Maceno Marques pamelamarques@alunos.utfpr.edu.br Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Santa Helena, Paraná, Brasil. Taiane Nogueira Almeida taianealmeida@alunos.utfpr.edu.br Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Santa Helena, Paraná, Brasil. Guilherme Aparecido de Carvalho guilcarval@hotmail.com Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Santa Helena, Paraná, Brasil. Rosangela Araújo Xavier Fujii rosangelafujii@utfpr.edu.br Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Santa Helena, Paraná, Brasil. Eduarda Maria Schneider emschneider@hotmail.com Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Santa Helena, Paraná, Brasil Eixo Temático: Processos de Ensino e aprendizagem - com ênfase na inovação tecnológica, metodológica e práticas docentes. Agência Financiadora: Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Resumo No contexto da educação em ciências, há algumas décadas indicam a necessidade da alfabetização científica, cujo objetivo não é apenas fazer o aluno decorar vocabulário científico, mas que os conceitos tenham significados e possam ser utilizados na resolução de problemas do dia a dia, não apenas no sentido empírico (aplicável), mas também no desenvolvimento de entendimento, crítico e ético, necessários à análise e compreensão do desenvolvimento da ciência e da tecnologia, bem como suas implicações e impactos socioambientais (CHASSOT, 2003; AULER; DELIZOICOV, 2001). Paralelo ao movimento da alfabetização científica, o paradigma educacional atual busca romper com a fragmentação do conhecimento e com práticas pedagógicas de reprodução defendendo práticas que possibilitem a construção do conhecimento e a visão de totalidade, interdisciplinaridade e contextualização (BEHRENS, 1999). Segundo Morin (2000), o caráter disciplinar do ensino formal dificulta a aprendizagem do aluno, não estimula ao desenvolvimento da inteligência, de resolver problemas e estabelecer conexões entre os fatos, conceitos, isto é, de pensar sobre o que está sendo estudado. A dificuldade de articular esses conhecimentos fez com que tradicionalmente esses campos de saberes fossem priorizados em anos escolares distintos do ensino fundamental e no médio, o que não propiciou um diálogo entre os diferentes conhecimentos científicos físicos, químicos e biológicos. Nesse sentido, os próprios Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental (1998) reconhecem a tradição fragmentária do ensino da disciplina de Ciências e estabelecem uma crítica em relação à separação do estudo da Biologia, Física e Química em uma disciplina que se constituiria como um espaço privilegiado de interdisciplinaridade. Ainda, poucos são os cursos que preparam especificamente para o desafio de trabalhar de maneira articulada as diferentes áreas das ciências naturais. Como afirma Couto (2010), existem no Brasil poucos cursos de formação de professores em Ciências Naturais, sendo a quase totalidade dos professores que atuam na disciplina de ciências do 6º ao 9º ano, formados em cursos de Ciências Biológicas. Soma-se a isso, o fato que nos cursos de Ciências Biológicas existe uma carga horária reduzida para o aprendizado dos conhecimentos de Química, Física e Geologia. Essas características na formação de professores coloca um desafio