UNIVERSIDADE E ESCOLA: A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO DOS DISCENTES DE PEDAGOGIA NO ÂMBITO ESCOLAR Amanda Lamas/ lamasamanda@hotmail.com / Universidade do Estado do Pará - UEPA Gustavo Henrique Conceição Souza/ Universidade do Estado do Pará - UEPA Isabela Arissa Cordeiro Gonçalves/ Universidade do Estado do Pará - UEPA Luciana Soares Rocha/ Universidade do Estado do Pará - UEPA Orientadora: Maria Auxiliadora Maués de L. Araújo Formação inicial e continuada de professores - com ênfase na análise de experiência, programas e políticas Resumo Apresentamos uma discussão acerca da relação universidade e escola, por meio da inserção no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à docência - PIBID, com o escopo de dialogar sobre a experiência dos acadêmicos de pedagogia da Universidade do Estado do Pará - UEPA, visando ampliar os diálogos acerca da necessidade da aproximação teoria e prática ainda no decorrer da formação acadêmica. Objetivamos desta maneira evidenciar a relação universidade e escola considerando as ações educativas e pedagógicas que estão sendo desenvolvidas na E.E.E.F. Barão do Rio Branco. Diante disso indicamos que as observações e intervenções realizadas no decorrer do projeto na escola ensejam melhorias na formação dos discentes, numa articulação direta entre prática e teoria durante as atividades pedagógicas. A partir dos conhecimentos obtidos na universidade acerca de práticas pedagógicas facilitadoras do processo de ensino e aprendizagem, nós na condição de graduandos podemos identificá-los e compará-los no decorrer das atividades que vão sendo desenvolvidas em sala de aula, buscando assim o melhor modo para efetivação de práticas pedagógicas futuras e com efetiva qualidade, na oferta ensino em uma escola pública. Aspectos que devem incidir numa qualificação profissional de todos nós. Diante disto, ao reconhecermos um modelo de ensino predominantemente tradicional, busca-se por meio do diálogo incorporar o ensino numa perspectiva crítica, libertadora e reflexiva, de acordo com pressupostos de Freire (1970). Desse modo, foi através de pesquisa-ação e bibliográfica que foram elaboradas as observações e registros que nos permitem evidenciar enquanto acadêmicos e futuros discentes, os desafios e as perspectivas que se apresentam na composição da escola. Estrutura que permite valorizar o contato direto com o fazer docente por meio do cotidiano em sala de aula, com estudantes do ensino fundamental e os professores. Em face disso, a condução do trabalho que desenvolvemos enquanto acadêmicos, se dá por meio da elaboração e submissão de discussões para possíveis intervenções, participação em reuniões formativas e pedagógicas, palestras, estudos temáticos e levantamento situacional, principalmente acerca dos estudantes de inclusão que estão inseridos na escola, dentre eles deficientes intelectuais. A escola propõe uma educação inclusiva que valorize os alunos que possuem especificidades, como por exemplo: deficientes físicos, mentais, sensoriais, intelectuais e com transtornos em geral. Em vista disso, percebe-se no ambiente escolar as múltiplas diversidades que necessitam serem supridas no ato da equidade. Desse modo a escola dispõe de uma sala de Atendimento Educacional Especializado - AEE, que busca complementar o aprendizado, promovendo equidade por meio da flexibilização dos currículos no ensino regular e sua realidade, na preparação de materiais adequados a sua compreensão para os diferentes níveis de dificuldades e também, é instrumento usado para abordar nas aulas e palestras discussões sobre as diferenças, para que ofereça uma forma acolhedora a fim de semear o respeito, estimulando as potencialidades dentro das limitações de cada um. A pesquisa-ação procura conhecer a escola e comunidade em que ela está inserida, investigando a especificidade de cada aluno, examinando com os professores de turmas regulares-inclusivas as suas práticas pedagógicas e seus efeitos para seus alunos e ouvir opiniões acerca do que está sendo discutido no espaço escolar no sentido de identificar as necessidades que uma escola pública com diversas carências. E através da compreensão realizada pela leitura do cotidiano escolar é direcionando os planejamentos pedagógicos, os quais são sugeridos objetivando incluir todos os alunos na participação ativa-reflexiva de sua realidade de forma consciente, já em parceria com o professor, os acadêmicos buscam por meio do diálogo inserir nas aulas uma dinâmica que permite aos alunos uma participação ativa para que aconteça uma maior compreensão do conteúdo lecionado, ações direcionadas fundamentadas nas teorias freireanas, pretendendo fomentar a autonomia, consciência, criticidade, diálogo e amorosidade. Neste sentindo, com a tentativa de colocar em prática na atualidade as afirmações de Paulo Freire acerca do processo de ensino e aprendizagem, reiteremos a importância da dialeticidade que deve haver na sala de aula. A partir dos ensinamentos de Freire uma educação humanizadora é propícia ao desenvolvimento de uma educação que promova um olhar crítico sobre a realidade em que os sujeitos se encontram. Por meio da leitura do livro de Paulo Freire, denominado Pedagogia do Oprimido, cujo teor educacional dentre outras obras e atividades em projetos serve de subsidio instrumental ao referido programa, o PIBID, que tem em vista fazer com que os discentes, futuros docentes absorvam e pratiquem uma aprendizagem pautada no cerne do que é necessário para que haja uma nação com cidadãos aptos a problematizarem situações que rotineiramente são exercidas e se perpetuam como práticas ideológicas e/ou alienadoras. Palavras-chave: PIBID; Teoria-prática; Formação de professores; Atuação escolar. Referências ARAUJO, Maria Auxiliadora Maués de Lima; FERREIRA, Eliton Jânio Araújo. Pibid: os desafios, os avanços e perspectivas da efetivação de uma política pública de formação de professores no município de Igarapé-Açu, estado do Pará. 2015. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 50. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011. APOLUCENO, Ivanilde; SILVA, Maria Jesus Lopes da. Educação Popular Freireana em escola pública: práticas e projetos educativos. Curitiba: CRV, 2016.