PERSPECTIVAS DA APRENDIZAGEM COOPERATIVA ADJUNTA AO PROTAGONISMO JUVENIL Francione Charapa Alves [1] / francione.alves@ufca.edu.br / Universidade Federal do Cariri Lorran Cícero Melo dos Santos [2] / /lorran.santos.lc@gmail.com/Universidade Federal do Cariri Maria Renata Ferreira de Queirós [3] / renattaqueiros26@gmail.com /Universidade Federal do Cariri Eixo Temático: Processos de Ensino e aprendizagem - com ênfase na inovação tecnológica, metodológica e práticas docentes. Agência Financiadora: CAPES Resumo Assim como tudo na sociedade se inova, o ensino tende a seguir evoluindo e desenvolvendo novas práticas metodológicas que cooperem com o processo ensino-aprendizagem. O presente trabalho tem como objetivo relatar as atividades desenvolvidas por meio de um projeto de intervenção em uma escola pública de ensino fundamental II, no município de Brejo Santo, Ceará, que visava o uso de metodologias que ultrapassassem o método tradicional e instigassem os educandos a se tornarem seres diretamente relacionados com a construção do seu próprio conhecimento. A utilização de novas estratégias de ensino que favorecem autonomia dos estudantes, fazendo com que os mesmos busquem o saber por prazer e não somente por obrigação, fato ainda visível nas metodologias de ensino aplicadas em salas de aula. Os métodos abordados no projeto para amenizar este problema foram a aprendizagem cooperativa e protagonismo juvenil. Como referencial são analisados a fundo a prática dos dois temas abordados no trabalho, suas influências e eficácias no aprendizado do estudante, além do desenvolvimento crítico e de habilidades de inter-relações pessoais que oferecem, e para isso, estudamos os principais autores desse campo de atuação que são: Costa (2000), este por sua vez, foi quem desenvolveu a prática do protagonismo juvenil, defendendo que o jovem pode se tornar um transformador social, basta enquanto no âmbito escolar, estimular esse processo, colocando o aluno como participante e pertencente do processo de ensino, podendo e tendo condições de participar desde a elaboração até à avaliação de ações que os cercam e, Bessa e Fontaine (2002) que trazem reflexões em relação a aprendizagem cooperativa, sobre como faz jus a inclusão, socialização e contribui para uma aprendizagem significativa, tentam desenraizar o individualismo e proporcionar a participação de todos no processo do ensino, fazendo com que se tornem seres mais flexíveis e respeitadores das ideias e diferenças dos outros, criando assim empatia pelo próximo. O trabalho foi desenvolvido com as turmas do 9° ano, no qual introduzimos a eles a iniciação científica e do que se trata o protagonismo juvenil. Para se trabalhar essas temáticas foi desenvolvido na escola uma Mostra Científica. Nessa atividade por sua vez, os alunos tiveram total liberdade para a escolha e construção de seus projetos. Eles foram separados em células cooperativas para discutir a escolha do tema e para a esquematização de ideias sobre o mesmo. Essas características da proatividade e cooperativismo em equipe que são as ações essenciais que o projeto propôs e fazem alusão à aprendizagem cooperativa. Os alunos tiveram algumas formações para construção de resumos científicos, familiarizando-se com esse tipo de texto mais específico de trabalhos acadêmicos. Vale ainda ressaltar que essas metodologias colocam os discentes como transformadores do seu meio, pois estimulam os mesmos a pensarem em possíveis resoluções de problemáticas sociais, ato este, o principal do protagonismo juvenil, assim como também, o fato de trabalharem em equipe para o bem comum, surgir efeito no que a aprendizagem cooperativa propaga, na união de indivíduos para o bem de todos. Foi perceptível no decorrer da aplicação do projeto, a atuação proativa dos estudantes unidos à um propósito comum, para a resolução de uma problemática social em que os atingem ou os incomodam, favorecendo a autonomia e inclusão de forma crítica sobre o que os cercam. Analisando as duas metodologias aplicadas, concluímos que os discentes compreenderam a proposta de ambos os métodos, pensando no todo, atuando coletivamente, criticando aspectos da sociedade, unindo-se para resolução de problemas, além de, compreenderem a estrutura de um resumo científico, uma grande aquisição, que poderá ajudá-los na vida acadêmica daqueles que pretendem realizar um ensino superior. Percebeu-se por fim, que a explanação do conceito e a prática do protagonismo juvenil favoreceu a atuação dos jovens, no qual, os colocaram como seres pensantes e sócio-políticos, os tirando do cotidiano monótono e do papel passivo que estão acostumados em sala de aula, instigando-os a questionar, analisar e propor soluções para um problema, resultando em projetos que foram apresentados na mostra científica, e assim alcançando o objetivo que mais se desejava, a competência de busca pelo conhecimento por vontade própria e autonomia. Como amplitude da aprendizagem cooperativa, nota-se que esta fortalece a inclusão e união dos alunos para o aprender em geral de determinado grupo, para a busca do bem de todos, como também, a análise de que com a aprendizagem cooperativa em ação, o aprender e a proficiência dos estudantes em torno da união e do conhecimento foram bastante notórias e satisfatórias ao resultados do projeto. Palavras-chave: aprendizagem cooperativa, projeto de intervenção, protagonismo juvenil. Referências: BESSA, N., & Fontaine, A. A aprendizagem cooperativa numa pós-modernidade crítica. Educação, Sociedade & Culturas, 18, 123-147, 2002. NIZA, S. Formação Cooperada. Lisboa: Educa, 1995. COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Protagonismo juvenil: adolescência, educação e participação democrática. Salvador, Fundação Odebrecht, 2000.