O MODELO PEDAGÓGICO DO PIBID NA ÓTICA DOS BOLSISTAS DA UEFS João Danilo Batista de Oliveira/Jdboliveira@Uefs.Br/Uefs Eixo Temático: 8 Formação Inicial e Continuada de Professores Agência Financiadora: Bolsista PIBID CAPES Resumo O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) foi criado através da Portaria Normativa MEC nº 38/2007, e instituído no âmbito da Capes, pela Portaria Normativa Capes nº 122/2009. Os objetivos principais do Programa são incentivar a Iniciação à Docência (ID) entre os estudantes das licenciatura e elevar a qualidade das ações voltas nas Instituições de Ensino Superior (IES) e Cursos de Licenciatura para a formação inicial de professores, tendo como pano de fundo a ampliação do interesse de jovens pela docência e a valorização do magistério. Para isso, a proposta pedagógica do PIBID baseia-se na integração entre os espaços/tempos das IES e das Escolas de Educação Básica, sustentada na formação de equipes colaborativas de trabalho composta, no mínimo, pelos estudantes das Licenciaturas, por um professor da Escola supervisor dos bolsistas de Iniciação à Docência, e por um professor da IES que atue na Licenciatura como coordenador de área. Portanto, faz-se necessário, a realização de pesquisas que possam avaliar, sobre diferentes aspectos, o PIBID, como Programa que vem sendo desenvolvido em todo o país e se destacando como um importante e rica experiência de formação, como parte integrante da política pública de formação de professores para a Educação Básica. Assim, esta pesquisa retoma achados de dois estudos realizados sobre o PIBID e os impactos destacados por estes para a Formação de Professores e discute as implicações do modelo pedagógico do PIBID para a política de Iniciação à Docência, como parte integrante da política nacional de formação de professores, à problematizando a luz do olhar dos professores da Educação Básica, supervisores do Programa. Trata-se de uma pesquisa de levantamento ou Survey, tendo como população, amostragem e amostra: Todos os Coordenadores de Área, Supervisores e Bolsistas de Iniciação à Docência do Pibid-UEFS foram convidados a participar. A amostra foi não-probabilística e intencional (n=624). Instrumento e procedimentos da coleta de dados: foi empregado um questionário eletrônico, ambientado na internet, para respostas em escala hedônica (Questionário Pibid-Q1). O Pibid-Q1 foi elaborado com base nas categorias-síntese do estudorealizado por Gatti et al., (2014), que investigou Coordenadores de Área, ProfessoresSupervisores e Coordenadores Institucionais do Pibid de todo o Brasil. O questionário foi composto por 53 itens, agrupados em: 1 Contribuições do Pibid para os cursos de Licenciatura da UEFS; 2 Contribuições do Pibid para os bolsistas Iniciação à Docência (ID); 3 Contribuições do Pibid para os professores supervisores; 4 Contribuições do Pibid para os docentes da UEFS; 5 Contribuições do Pibid para as escolas públicas participantes e seus alunos; 6 Contribuições do Pibid para a relação entre a UEFS e as escolas públicas participantes; 7 Impactos do Pibid como política pública; 8 Sugestões de melhorias no Pibid-UEFS. Os itens disponibilizaram as seguintes opções de respostas: Discordo totalmente; Discordo parcialmente; Nem discordo, nem concordo; Concordo parcialmente; Concordo totalmente. O Pibid-Q1 foi elaborado como formulário eletrônico da plataforma Google Formulários. Os participantes tiveram acesso ao questionário após executar login numa conta da Google, para que fossem identificados e para que o formulário não pudesse ser novamente preenchido após ser completado. Ao completar o Pibid Q1, os participantes receberam mensagem via e-mail, para confirmar sua participação no survey e disponibilizando seu questionário preenchido. A coleta de dados ocorreu entre agosto e outubro de 2017, na sala informatizada do LIFE. A análise dos dados foi feita com base em tratamento estatístico: O banco de dados foi exportado da plataforma Google Formulários com extensão ".xlsx" e convertido para ser utilizado no software Stata, versão 12.0, onde as análises foram realizadas. Empregou-se estatística descritiva na apresentação dos dados (cálculo de proporções). Para o cálculo das proporções, as respostas "Discordo totalmente", "Discordo parcialmente" e "Nem discordo, nem concordo" foram classificadas dentro da categoria "Discorda ou não emite opinião", as demais respostas foram classificadas dentro da categoria "Concorda". A título de conclusão, buscamos discutir os resultados encontrados por Gatti (2014) e o levantamento realizado pela CAP do PIBID UEFS (2017) e suas contradições, assim como, destacamos como a iniciação à docência aparece entre os professores da Educação Básica, supervisores do Programa, como espaço híbrido de formação, que integra componentes acadêmicos, teóricos, pedagógicos à saberes construídos no exercício da profissão, assim como, destacamos algumas lacunas percebidas no desenho pedagógico do Programa e do Currículo de Formação das Licenciaturas, na ótica do grupo pesquisado, que se superadas podem ampliar a qualidade perquirida da formação de professores para a Educação Básica. Palavras-chave: Modelo Pedagógico; PIBID; Bolsistas do Programa Referências BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP n. 2 de 1 julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. ________, Ministério da Educação: (2007). Portaria Normativa n.38 - Dispõe sobre o Programa de Bolsa Institucional de Iniciação à Docência - PIBID. Brasília/BR: Diário Oficial da União, 12.dez.2007. ________, Ministério da Educação: (2008). Portaria Normativa n.16, - Dispõe sobre o PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. Brasília/BR: Diário Oficial da União, 24.dez.2008. ________, Ministério da Educação CAPES: (2013): Portaria Capes nº 96, de 18 de julho de 2013. Disponível em: http://www.capes.gov.br/images/stories/download/legislacao/Portaria_096_18jul13_AprovaRegulamentoPIBID.pdf. BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências. 2. ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Edição Câmara, 2015. Disponível em < http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/20204/plano_nacional_educacao_ 2014-2024_2ed.pdf?sequence=8>. FRANCO, M. N. Os Impactos do Pibid na Escola de Educação Básica: Quando os Sujeitos Educativos Reconhecem a Escola como espaço formativo. In: Didática e Prática de Ensino na relação com a Formação de Professores. EdUECE- Livro 2, Fortaleza - CE, 2014. Disponível em: http://www.uece.br/endipe2014/ebooks/livro2 GATTI, B. Formação de professores no Brasil: características e problemas. Revista Educ. Soc., Campinas, v. 31, n. 113, p. 1355-1379, out./dez. 2010