Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

AVALIAÇÃO DAS POTENCIALIDADES E DIFICULDADES À EFETIVAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM ESCOLA PÚBLICA

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Conforme a visão de Cascino (1999), nas interações que promoveu ao longo da história com o seu meio, o ser humano muda a sua forma de compreensão frente ao mundo, vendo-se numa condição de inferioridade, num primeiro momento, até a de superioridade, num segundo momento (LOUREIRO, 2003). A partir do advento da modernidade há uma exploração dos recursos naturais em larga escala. Esse cenário passa a inquietar alguns grupos dentro da sociedade moderna, pois estavam desencantados com seus governos que atendiam a estes interesses. Segundo Alves (2013), os anos 60 colocaram em pauta a necessidade de se repensar as relações do homem com o meio do qual veio, "renaturalizando-o". Para Carvalho (2004), fica claro que os governos acabam incorporando os discursos da sociedade civil e de crítica da situação moderna. Nessa direção, a educação é vista como um espaço privilegiado de discussão, reorientação e práticas acerca destes problemas (PEREIRA, 2014). No plano pedagógico, a educação ambiental "tem se caracterizado pela crítica à compartimentalização do conhecimento em disciplinas" (CARVALHO, 2004). A escola é, segundo os PCN, um ambiente de formação para a cidadania que respeita a singularidade e busca, a partir do eu, transformar conhecimentos e comportamentos em atitudes políticas de vivências coletivas (BRASIL, 1998). O aluno, nessa perspectiva, passa a ser o agente que interage com o conhecimento e com o professor e desta relação dialógica, constrói o conhecimento por meio da permanente reflexão/ação/reflexão (CONRADO et al; 2014). Nesse sentido, a EA vista sob a ótica da transversalidade e assumida em sua forma interdisciplinar é uma forma de promover a reflexão crítica sob o modo como o homem interage com o ambiente e com a sociedade (SEGURA, 1999). Essa abordagem emancipatória prevê a EA com base no desenvolvimento de atividades que não se restringem apenas a sala de aula ou ao estudo dos livros didáticos (BRASIL, 2012). As práticas de EA passam a ter como premissa o processo dialógico e democrático entre os sujeitos, que produzem saberes, conhecimentos e cultura (REIGOTA, 2007). Freire (1987, pag. 54) afirma que "A educação autêntica (...), não se faz de ‘A' para ‘B' ou de ‘A' sobre ‘B', mas de ‘A' com ‘B', mediatizados pelo mundo." Este trabalho se caracterizou por investigar as potencialidades e entraves/dificuldades à efetivação da Educação Ambiental nas escolas públicas em um município do Vale do Paraíba, e compor um perfil para os coordenadores pedagógicos das escolas municipais dessa região, em relação à EA. O levantamento de dados foi realizado por meio de um questionário, construído com base na escala Likert de 5 pontos, respondido pelos coordenadores. A tabulação foi realizada levando-se em consideração a localidade da escola de atuação deles; em seguida procedeu-se a validação dos dados com a utilização do programa Biostat 5.3, no qual foi realizado análise de variância seguindo o teste de Kruskal Wallis e nos casos em que resultou em variâncias significativas, foi realizado pós-teste em Student Newman Keuls para comparar duas a duas as variáveis e identificar as diferenças significativas entre elas. Os resultados apontaram para um perfil dos coordenadores pedagógicos que ainda estão centrados no cognitivismo, assumindo trabalhos/ações pontuais e desconexas em relação à EA. Observou-se, também, que as concepções dos coordenadores pedagógicos são recortadas e que isso replica nos professores que não se articulam enquanto equipe de docentes, tampouco o fazem com a comunidade a qual a escola se insere, o que reforça o caráter cognicista da EA. Notou-se que na região rural, apesar de compor um pequeno número de unidades, há indícios de mudança de direção na concepção e abordagem da EA. Nesse cenário, a EA enquanto transversalidade e vista sob a ótica emancipatória, pode contribuir para que a escola assuma seu papel, enquanto espaço propício para a escola, no uso de sua autonomia declarada, se constituir enquanto espaço público de formação para o exercício da prática cidadã. Na análise do perfil dos coordenadores pedagógicos, realizado nesse estudo, identificou-se lacunas no processo de inserção da EA, vista sob a ótica transversal, que permeia os conteúdos das disciplinas curriculares. Os coordenadores manifestaram uma concepção difusa entre interdisciplinaridade e transversalidade, repercutindo essa concepção para as práticas pedagógicas realizadas acerca da EA. 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No plano pedagógico, a educação ambiental "tem se caracterizado pela crítica à compartimentalização do conhecimento em disciplinas" (CARVALHO, 2004). A escola é, segundo os PCN, um ambiente de formação para a cidadania que respeita a singularidade e busca, a partir do eu, transformar conhecimentos e comportamentos em atitudes políticas de vivências coletivas (BRASIL, 1998). O aluno, nessa perspectiva, passa a ser o agente que interage com o conhecimento e com o professor e desta relação dialógica, constrói o conhecimento por meio da permanente reflexão/ação/reflexão (CONRADO et al; 2014). Nesse sentido, a EA vista sob a ótica da transversalidade e assumida em sua forma interdisciplinar é uma forma de promover a reflexão crítica sob o modo como o homem interage com o ambiente e com a sociedade (SEGURA, 1999). Essa abordagem emancipatória prevê a EA com base no desenvolvimento de atividades que não se restringem apenas a sala de aula ou ao estudo dos livros didáticos (BRASIL, 2012). As práticas de EA passam a ter como premissa o processo dialógico e democrático entre os sujeitos, que produzem saberes, conhecimentos e cultura (REIGOTA, 2007). Freire (1987, pag. 54) afirma que "A educação autêntica (...), não se faz de ‘A' para ‘B' ou de ‘A' sobre ‘B', mas de ‘A' com ‘B', mediatizados pelo mundo." Este trabalho se caracterizou por investigar as potencialidades e entraves/dificuldades à efetivação da Educação Ambiental nas escolas públicas em um município do Vale do Paraíba, e compor um perfil para os coordenadores pedagógicos das escolas municipais dessa região, em relação à EA. O levantamento de dados foi realizado por meio de um questionário, construído com base na escala Likert de 5 pontos, respondido pelos coordenadores. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

A reprodução mecânica e segregada dos conteúdos curriculares desconecta-se da realidade de vida das pessoas. As múltiplas disciplinas, quando utilizadas na prática diária e concreta das pessoas, não se dissociam, mas interagem, construindo e complementando ideias (DOMINGUES, 2012). Uma escola desprovida de reflexão social, cultural, política, econômica e ambiental não dá conta de responder os desafios de uma realidade cada vez mais complexa (SAHEB, 2015). Carvalho (2004) afirma que a educação ambiental (EA) pode ser uma ferramenta na mudança de mentalidades e de atitudes na relação homem-ambiente e, portanto, pode ser vista como interação e alterações recíprocas e permanentes entre homem e ambiente (PEREIRA, 2014). Conforme a visão de Cascino (1999), nas interações que promoveu ao longo da história com o seu meio, o ser humano muda a sua forma de compreensão frente ao mundo, vendo-se numa condição de inferioridade, num primeiro momento, até a de superioridade, num segundo momento (LOUREIRO, 2003). A partir do advento da modernidade há uma exploração dos recursos naturais em larga escala. Esse cenário passa a inquietar alguns grupos dentro da sociedade moderna, pois estavam desencantados com seus governos que atendiam a estes interesses. Segundo Alves (2013), os anos 60 colocaram em pauta a necessidade de se repensar as relações do homem com o meio do qual veio, "renaturalizando-o". Para Carvalho (2004), fica claro que os governos acabam incorporando os discursos da sociedade civil e de crítica da situação moderna. Nessa direção, a educação é vista como um espaço privilegiado de discussão, reorientação e práticas acerca destes problemas (PEREIRA, 2014). No plano pedagógico, a educação ambiental "tem se caracterizado pela crítica à compartimentalização do conhecimento em disciplinas" (CARVALHO, 2004). A escola é, segundo os PCN, um ambiente de formação para a cidadania que respeita a singularidade e busca, a partir do eu, transformar conhecimentos e comportamentos em atitudes políticas de vivências coletivas (BRASIL, 1998). O aluno, nessa perspectiva, passa a ser o agente que interage com o conhecimento e com o professor e desta relação dialógica, constrói o conhecimento por meio da permanente reflexão/ação/reflexão (CONRADO et al; 2014). Nesse sentido, a EA vista sob a ótica da transversalidade e assumida em sua forma interdisciplinar é uma forma de promover a reflexão crítica sob o modo como o homem interage com o ambiente e com a sociedade (SEGURA, 1999). Essa abordagem emancipatória prevê a EA com base no desenvolvimento de atividades que não se restringem apenas a sala de aula ou ao estudo dos livros didáticos (BRASIL, 2012). As práticas de EA passam a ter como premissa o processo dialógico e democrático entre os sujeitos, que produzem saberes, conhecimentos e cultura (REIGOTA, 2007). Freire (1987, pag. 54) afirma que "A educação autêntica (...), não se faz de ‘A' para ‘B' ou de ‘A' sobre ‘B', mas de ‘A' com ‘B', mediatizados pelo mundo." Este trabalho se caracterizou por investigar as potencialidades e entraves/dificuldades à efetivação da Educação Ambiental nas escolas públicas em um município do Vale do Paraíba, e compor um perfil para os coordenadores pedagógicos das escolas municipais dessa região, em relação à EA. O levantamento de dados foi realizado por meio de um questionário, construído com base na escala Likert de 5 pontos, respondido pelos coordenadores. A tabulação foi realizada levando-se em consideração a localidade da escola de atuação deles; em seguida procedeu-se a validação dos dados com a utilização do programa Biostat 5.3, no qual foi realizado análise de variância seguindo o teste de Kruskal Wallis e nos casos em que resultou em variâncias significativas, foi realizado pós-teste em Student Newman Keuls para comparar duas a duas as variáveis e identificar as diferenças significativas entre elas. Os resultados apontaram para um perfil dos coordenadores pedagógicos que ainda estão centrados no cognitivismo, assumindo trabalhos/ações pontuais e desconexas em relação à EA. Observou-se, também, que as concepções dos coordenadores pedagógicos são recortadas e que isso replica nos professores que não se articulam enquanto equipe de docentes, tampouco o fazem com a comunidade a qual a escola se insere, o que reforça o caráter cognicista da EA. 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A reprodução inequívoca desses dois conceitos pelos coordenadores predispõe a abordagem da EA de forma igualmente difusa pelos professores, gerando aprendizagem fragmentada e pseudocrítica, dada a superficialidade da abordagem.

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