A RELEVÂNCIA DO PIBID NA FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE DOCENTES NA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA Luís Fernando Mesquita de Lima/luis.fernando.2624@gmail.com/UFRN Lucas Venicios Valentim da Silva/UFRN Eixo Temático: (formação inicial e continuada de professores - com ênfase na análise de experiência, programas e políticas) Resumo Este trabalho tem como objetivo estudar o relato da experiência de ex-bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), especificamente, do subprojeto de Matemática da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a fim de constatar a importância que o programa teve na formação inicial dos licenciandos em matemática e na formação continuada dos professores supervisores de matemática. Portanto, têm-se o intuito de avaliar e julgar a relevância do programa durante e após a formação docente. A formação inicial de professores caracteriza-se como sendo o primeiro contato dos licenciandos com a vivência docente, enquanto que a formação continuada é o processo de aperfeiçoamento contínuo durante o exercício da profissão por meio da troca de experiências e do conhecimento de novas tendências pedagógicas e metodológicas. O PIBID da UFRN é composto por alunos dos cursos de licenciatura, professores supervisores das escolas, coordenadores de área, coordenador institucional, coordenadores de gestão e secretária do programa. Podemos dizer que o programa atua tanto na formação inicial, quanto na formação continuada de professores, visto que ao passo em que proporciona aos licenciandos um primeiro contato com a docência, também contribui na formação continuada dos professores supervisores das escolas de atuação, e que, portanto, estão em contato direto com a troca de experiências, pensamentos e informações, vivenciada entre eles, os licenciandos e os coordenadores de área. A partir disso, foi utilizada uma abordagem por meio de questionário com um grupo de ex-bolsistas de iniciação à docência do curso de Licenciatura em Matemática da UFRN e de ex-bolsistas supervisores, que são professores de matemática, com perguntas subjetivas sobre os possíveis aspectos em que o PIBID teria sido importante, especialmente, com relação ao conteúdo da área. Em seguida, foi feita uma análise qualitativa dos dados obtidos e constatou-se que o programa realmente contribuiu de forma significativa na formação dos envolvidos. Tendo em vista o atual cenário político brasileiro, e os impactos que isso gera nos cursos de licenciatura de uma forma geral, podemos notar que as discussões sobre a permanência ou não de programas como o PIBID são colocadas em pauta a todo o momento. Diante desse contexto, Bahia e Souza (2016) relatam que o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência faz parte de uma política pública mais ampla e que articulada a outras ações e programas pode combater tais impactos. Além disso, é imprescindível reconhecer suas qualidades e seus reflexos na educação básica pública como uma forma de garantir a qualidade do acesso à educação e da formação docente mesmo diante dos grandes desafios nas escolas, que vem passando por mudanças com alto grau de complexidade, de acordo com Tinti e Manrique (2016). Com o PIBID, o professor tem a oportunidade de se aventurar nessa complexidade, encontrar os problemas no ensino e a partir daí, buscar uma melhoria. Ainda nesse sentido, entendemos o PIBID como sendo uma política de incentivo à educação, vide que atribui resultados excelentes nas escolas que o recebem, causando impactos positivos não só nos alunos das licenciaturas e nos professores supervisores, mas também nos alunos que participam como público alvo. O programa, realizado em escolas da rede pública de ensino, proporciona, portanto, contribuições amplas: por meio dele, os licenciandos, sobretudo, os de Matemática, visualizam novas possibilidades de ensino, algo imprescindível para desmistificar a visão da disciplina como algo "impossível", e podem unificar teoria e prática; é uma política de melhoria da educação básica pública e de aproximação da relação universidade-escola; os professores supervisores acrescentam significativamente em seus métodos de ensino por estarem em contato contínuo com o ambiente acadêmico, os alunos são contemplados com bolsistas que promovem atividades diversificadas no ambiente escolar. Como bem aponta Felício (2014), o PIBID também contribuiu no que diz respeito ao fomento das pesquisas sobre a formação de professores, uma vez que culminou para o envolvimento dos licenciandos em pesquisas relacionadas às suas áreas. Todavia, ressaltamos que apesar de todos esses benefícios, o PIBID não é a solução para todos os problemas da educação brasileira, no entanto, por onde ele passa, trás resultados formidáveis, comprovando sua importância, que não é algo momentâneo, uma vez que as experiências vividas no PIBID são para a vida toda. Palavras-chave: formação inicial, formação continuada, PIBID Referências BAHIA, Norinês P.; SOUZA, Roger Marchesini de Quadros. A formação inicial e continuada de professores: a experiência do PIBID/UMESP. Educação & Linguagem, [S.l.], v. 19, n. 19, p. 59-78, jul. 2016. Disponível em acesso em: out. 2018. FELÍCIO, Helena Maria dos Santos. O PIBID como "terceiro espaço" de formação de professores. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 14, n. 42, p. 415-434, ago. 2014. Disponível em acesso em: out. 2018. TINTI, Douglas da Silva; MANRIQUE, Ana Lúcia. Teoria e prática na formação de professores que ensinam matemática: que caminhos apontam experiências com o PIBID e o OBEDUC?. Educação Matemática em Revista, São Paulo, v. 498, p. 98-106, maio. 2016. Disponível em acesso em: out. 2018.