Pacobahyba, Lucilia Dias. Relato de experiência do pibid biologia da ufrr. Anais VII ENALIC... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/51691>. Acesso em: 22/11/2024 18:37
O presente artigo trata-se de um relato de experiência e apresenta uma reflexão das vivências durante a permanência no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), por meio do desenvolvimento das atividades realizadas durante o PIBID Biologia da Universidade Federal de Roraima, nas Escolas Estaduais Maria das Dores Brasil e Olavo Brasil Filho, em Boa Vista/Roraima, no período de outubro de 2014 a fevereiro de 2018. Um dos objetivos do Programa é antecipar a experiência profissional vivida no cotidiano da escola e das salas de aula da educação básica. Destaca-se que a antecipação dessa convivência diária contribuiu sobremaneira no processo de formação docente, no decorrer do programa temos a chance de combater alguns receios como, por exemplo, receio de desenvolver atividades curriculares e, mesmo apenas, estar diante de uma turma com cerca de 30 alunos do ensino médio e isso foi sendo superado dia após dia no convívio em sala de aula. Nos primeiros dias percebi certo nervosismo de principiante, decerto que a maioria dos graduandos sente um pouco de medo de não conseguir controlar a turma e desenvolver o trabalho proposto, além da vergonha natural daqueles acadêmicos que são mais tímidos, ao contrário de outros que são mais extrovertidos e tem um pouco menos de dificuldade de ficar à frente da sala de aula e executar alguma atividade ou ministrar uma aula para adolescentes. Essa oportunidade que o programa nos oferece é muito importante, pois após alguns dias dessa convivência na sala de aula, percebemos que os estudantes se acostumam com a nossa presença na sala e até passam a gostar disso já que assim eles tem mais um auxílio durante as aulas e muitos pedem nossa ajuda e explicação sobre o conteúdo que estão estudando, dessa maneira vemos que o convívio tanto com os alunos quanto com os professores não é algo tão assustador. Para nós que escolhemos cursar licenciatura por vocação porque realmente gostamos, amamos a profissão, issose torna algo rotineiro e natural. Acredito, como graduanda na área da educação e futura professora de Biologia, que essa experiência foi e continua sendo válida e proveitosa, pois nos ajudou muito em algumas questões referentes à formação profissional, como por exemplo. O que aprendemos na teoria é utilizado realmente na sala de aula? O que é realmente necessário para o educador aprender? Saber o conteúdo garante a aprendizagem do educando? Quais os conhecimentos que o licenciando precisa para ser um educador? A oportunidade que eu e meus colegas de curso tivemos tanto na parte pedagógica quanto na parte prática nos ajuda a responder alguns desses questionamentos. Poder compartilhar com a professora supervisora as atividades desenvolvidas durante alguns anos em sala de aula enriquece nosso currículo e nossa formação acadêmica, a experiência teórica e prática adquirida enquanto aprendizes nos fez refletir que sempre iremos nos depararmos com algumas questões rotineiras que surgem em sala de aula e que aprendemos junto com os alunos e os professores supervisores. Essa experiência no programa também me ajudou, a saber, que tipo de profissional eu quero me tornar e o mais importante o tipo de professor que eu não quero ser quando estiver desempenhando a profissão. Além do fato deque é muito proveitoso para os discentes durante a sua graduação fazer essa junção de tudo que aprendemos durante as aulas teóricas das disciplinas que tratam da parte pedagógica da grade curricular e a ação prática na sala de aula com os alunos, é possível não somente ficar ciente de todos os problemas e situações difíceis que poderemos enfrentar durante o exercício da profissão, mas também dependendo da postura de alguns professores que já estão na ativa e com vários anos de experiência sabermos o que devemos ou não fazer, além disso, com o tempo passado no PIBID e a experiência que tive nos estágios que temos que fazer teve uma questão que ficou bem clara para mim, eu já tinha certeza que escolhi o curso certo apesar de todas as dificuldades eu quero ser professora e agora sei que me identifico muito mais com os alunos do ensino médio do que com os alunos do ensino fundamental. Durante esses quase quatro anos em que fiz parte do programa, desenvolvi juntamente com colegas pibidianos e a nossa professora supervisora alguns projetos e algumas atividades e aulas interessantes que os alunos gostaram e participaram ativamente eles gostam muito quando a aula é diferente, então qualquer atividade que traga alguma coisa nova que fuga um pouco do quadro e giz faz com que fiquem mais interessados principalmente se for algum tipo de jogo didático. Eu posso citar aqui um jogo que foi confeccionado pelos os alunos da escola Olavo Brasil, onde eles com o nossas instruções fizeram tudo, levamos duas aulas para terminar e ao final o jogo foi batizado de Baralho Ecológico e os alunos se divertiram bastante jogando e dentre todas as atividades desenvolvidas no PIBID destacamos duas em especial: i) o projeto horta na escola; ii) projetobiomas brasileiros. O primeiro desenvolvemos na Escola Estadual Maria das Dores Brasil, onde realizamos a implantação de uma Horta Escolar com os alunos das turmas do 2o ano do ensino médio e foi muito gratificante ver os alunos participando dessa atividade; o projeto incluiu estudos, discussões, planejamento, preparação dos materiais, plantio de mudas, regas, eliminação de plantas invasoras e culminou com a colheita. Os alunos se envolveram do começo ao fim com muito interesse e dedicação principalmente no dia que nos reunimos para preparar tudo, cortar e pintar os pneus e garrafas pets, fazer a preparação do solo e plantar as sementes que teve como resultado final uma linda horta, bem estruturada e funcional, pois a colheita foi usada na merenda escolar. A outra atividade que desenvolvemos como pibidianos foi o projeto que realizamos em uma ação interdisciplinar com a professora de Geografia na Escola Estadual Olavo Brasil Filho. Inicialmente houve o estudo do conteúdo referente aos biomas brasileiros em sala com o intuito de conhecer os diferentes biomas, destacar os impactos ambientais e os meios para preservação de cada bioma. Em seguida, cada turma ficou responsável por eleger frases de impacto e imagens para representar um dos biomas e ao final foi realizada pelos próprios alunos que durante as aulas de biologia e geografia ficavam se revezando para fazer a pintura na parte interna dos muros da escola com as frases e figuras relacionadas aos vários tipos de biomas encontrados no Brasil. O resultado ficou impressionante, deu cor aos muros da escola e ficou evidente a satisfação dos alunos por terem participado ativamente do projeto, expressando criatividade e diferentes habilidades, o que nos foi muito gratificante até porque não foram apenas os alunos que participaram do projeto, mas todos os alunos e funcionários da escolas ficaram satisfeitos e gostaram bastante do resultado. Durante essa vivência percebemos o quanto é relevante que ocorra troca de conhecimento e aprendizado contínuo. É importante que ao decorrer da nossa graduação possamos ter a chance de fazer essa integração da teoria e da prática, visto que os conhecimentos teóricos obtidos na Universidade são vivenciados nas escolas por intermédio do PIBID. Assim, temos a oportunidade de entender na prática como se dá o processo de ensino aprendizagem com os alunos da educação básica, aprendemos os caminhos e percebemos os recursos que podemos utilizar no futuro. Dessa forma, quando estivermos atuando nas instituições de ensino da educação básica, possamos desenvolver um bom trabalho e consigamos contribuir na formação dos alunos como cidadãos reflexivos e críticos. Palavras-chave: PIBID, Experiência, Formação.