O comportamento dos alunos em relação a matemática é no mínimo intrigante. Enquanto alguns manipulavam números, polígonos e funções sem esforço, outros parecem ficar petrificados com a simples menção de números ou figuras geométricas. Por outro lado, crianças pequenas fazem coisas estranhas com números antes mesmo de se tornarem capazes de lidar com eles da maneira padrão. Portanto, surgem algumas perguntas: qual a relação entre as dificuldades de aprendizagem em matemática e os discursos produzidos pelos pesquisadores? Por que, após anos de pesquisas em Educação Matemática, alunos de diferentes partes do mundo, parecem reproduzir os mesmos erros? Estas e outras questões são analisadas no livro Thinking as communicating “pensamento como comunicação” de autoria da pesquisadora Anna Sfard. O presente artigo de revisão bibliográfica tem por objetivo analisar o modelo de pesquisa commognitive , proposto por Sfard e sua relação com o pensamento, a linguagem e a matemática. Busca-se dessa forma, um modelo de pesquisa com ênfase nas trocas discursivas que ocorrem na sala de aula de matemática e que fuja dos modelos tradicionais com inspiração no Behaviorismo e no Cognitivismo. Por tratar-se de um tema novo para a pesquisa em Educação Matemática e por não existir literatura nacional sobre essa temática o autor utilizou a pesquisa bibliográfica como método de investigação e os resultados estão expressos nos achados sobre o tema. A pesquisa identificou as principais características do modelo commognitive e as possibilidade de sua utilização na Educação Matemática.