O câncer constitui grave problema de saúde pública em todo o mundo (WHO, 2014), e especialmente nos países em desenvolvimento, mobilizando altos custos individuais, familiares e sociais, bem como financeiros sobre os sistemas de saúde. Estimativas internacionais indicam cerca de 499.000 mortes de homens, até o ano 2030, em decorrência do câncer de próstata (IARC, 2012). No Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais incidente entre os homens, e ocupa posição de destaque dentre as principais causas de morte da população masculina (INCA, 2017). Apesar da alta mortalidade, entretanto, trata-se de tipo de câncer passível de prevenção (FERNANDES et al., 2014), e há uma considerável facilidade quanto á implementação de atividades de prevenção primária e detecção precoce desse tipo de neoplasia maligna. Compreende-se, portanto, que, se devidamente efetivadas a contento nos sistemas de saúde, tais atividades poderiam evitar óbitos, além de inúmeras outras consequências negativas oriundas da alta ocorrência do câncer de próstata, dentre as quais mencionam-se o alto número de complicações clínicas e de internações hospitalares. Sabe-se que os dados relativos á morbimortalidade decorrente de neoplasias malignas de próstata constituem importantes indicadores da saúde masculina. Destarte, entende-se que o conhecimento acerca de tais dados possibilitam alertar para a formulação e/ou estruturação de políticas, programas e serviços de saúde direcionados á promoção da saúde do homem no Brasil, de maneira geral, bem como especificamente no que concerne ao câncer de próstata. Ressalta-se a relevância da realização de estudos científicos destinados a investigar questões e agravos de saúde relativos á saúde do homem, uma vez que a produção científica específica de temáticas do gênero masculino ainda é incipiente no Brasil (FERNANDES et al., 2014).