A avaliação da aprendizagem, parte constituinte e fundamental do processo de ensino e
aquisição de conhecimentos, por parte dos alunos, é tema complexo e comumente associado a práticas
autoritárias e excludentes, em todas as modalidades de ensino. Isto ocorre apesar dos inúmeros e
consolidados estudos que envolvem criticas e, igualmente, proposições. Reivindica-se, há décadas, que
a avaliação seja pautada no acompanhamento continuo do processo de aprendizagem dos estudantes e
que ela se volte para sua promoção e nãosua exclusão. Diante disto, indaga-se: quais são as rupturas
e/ou continuidades nas práticas docentes, no que tange a tal processo? Partindo deste contexto,
otrabalho em tela apresenta análises de uma coleta de dados, realizadajunto a professores do Ensino
Superior e da Educação Básica,acerca de concepções e práticas na avaliação da aprendizagem. Sua
realização se deu a partir de uma atividade desenvolvida na disciplina Avaliação da Aprendizagem,
ofertada pelo curso de Pedagogia da Universidade Federal da Paraíba. O objetivo foi apreender as
tendências e compreender os avanços e continuidades nos modos de pensar e fazer o acompanhamento
do processo de ensino e aprendizagem. Luckesi (1994, 2006), Hoffmann (2011), André e Passos
(2001), Sordi e Ludke (2009) constituíram o aporte teórico utilizado nas análises. O instrumento de
coleta pautou-se na realização de uma entrevista semiestruturada, junto a trinta e cinco professores dos
diversos níveis de ensino. Os resultados apontam discursos que apresentam marcas de concepções e
práticas tradicionais, mas predomina uma tendência para o desenvolvimento de processos avaliativos
numa vertente menos autoritária. Constata-se, entre os pesquisados, uma preocupação com a qualidade
dos dados fornecidos pelas avaliações, com a diversificação dos seus instrumentos e com a
continuidade do processo, contrapondo-se a práticas que restringem o processo a um ritual que
acontece periodicamente